sábado, 10 de março de 2012

Em vídeo, Carlinhos Cachoeira oferece R$ 100 mil a um deputado federal do PT


Em timbre provocativo, Jilmar Tatto diz esperar que o Senado “não se omita na investigação do caso.”
Foram à web dois vídeos que exibem diálogos de um preso ilustre, Carlinhos Cahoeira, com um deputado federal, Rubens Otoni (PT-GO). Falam de dinheiro. Caixa dois de campanha.
Preso na semana passada numa operação da Polícia Federal contra jogos de azar, Cahoeira aparece na primeira conversa oferecendo R$ 100 mil a Otoni. Deixa claro que já havia desembolsado quantia idêntica.
“Tomei a posição seguinte: te ajudei em R$ 100 mil e vou de ajudar em mais R$ 100 mil meu. Como em toda campanha eu te dou. Sem problema algum”, diz Cahoeira. E o deputado: “Eu agradeço”.
No segundo flagrante, a natureza clandestina dos repasses fica escancarada. “…Eu não posso aparecer. E os R$ 100 mil também não declara não.” Otoni concorda prontamente: “Ah, não! Claro que não.”
Ouvido, o deputado disse que a filmagem é de 2004. Nessa época, disutou a prefeitura do município goiano de Anápolis. Otoni declara-se vítima de chantagem do bicheiro Cahoeira.
Como assim? Na versão de Otoni, líderes políticos e empresários de Goiás o procuraram para pedir que ajudasse a reerguer uma empresa de produtos farmacêuticos de Chachoeira, a Vitapan.
O deputado alega que se recusou a ajudar. Por isso, diz ele, tornou-se Cahoeira vinha ameaçando divulgar os vídeos. Otoni declara: “Não recebi um real dele. Isso é perseguição.” Não explica, porém, o porquê de aparecer nas imagens aceitando gostosamente a oferta de verbas clandestinas.

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