quarta-feira, 4 de abril de 2012

‘Estou esperançoso’, diz presidente da Alcoa sobre permanência da empresa em São Luís


“A luta continua. Vamos lutar até o fim.” A frase não é de nenhum militante de partidos da ultra-esquerda, mas de um dos “reis” do capitalismo mundial, Franklin Feder, presidente do grupo Alcoa para a América Latina.
Franklin Feder (1º à esq.) com governador Washington Luiz, sindicalistas e empresários durante reunião nos Leões
Junto com o diretor da Alumar, Nilson Ferraz; do presidente da Força Sindical, Frazão Oliveira; do vice-presidente da Fecomércio, Marcelino Ramos, e representantes da Fiema, Feder esteve no início da tarde em reunião com o governador em exercício, Washington Luiz Oliveira (PT), no Palácio dos Leões.
Na pauta da reunião a dificuldade da Alcoa em manter suas atividade no Brasil, principalmente por causa do alto custo da energia. Segundo Feder, a companhia paga no país duas vezes mais que a média mundial pelo principal insumo para a fabricação de alumínio.
- Só para se ter uma ideia: o prejuízo nosso é de R$ 600 por tonelada produzida. E nós produzimos quase meio milhão de tonelada por ano – informou Feder.
Ele disse ter ficado “emocionado” em participar do encontro com sindicalistas porque há 30 anos houve até passeatas nas ruas de São Luís contra a implantação da companhia. A Alumar emprega cerca de 5 mil trabalhadores no estado.
O presidente da Alcoa disse estar esperançoso na permanência da empresa no Maranhão.
- Eu sou otimista, nós vamos resolver esse problema. Pode ser que hoje a gente não enxergue exatamente como vai ser, mas continuo otimista – disse.
Washington, como membro do PT, informou que trabalhará mais no sentido de sensibilizar a presidente Dilma Roussef, o ministro da Indústria e Comércio, Fernando Pimentel (ambos do PT), além do ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, para o problema.
- Nós queremos que o problema seja resolvido o mais rápido possível, uma vez que a Alumar é uma organização muito importante para o Maranhão, gerando emprego e renda. O governo está aberto para apoiar e ajudar no que for preciso – declarou.
Washington chegou a apontar a energia produzida a partir do gás natural que está sendo explorado em Capinzal do Norte como uma das soluções. Essa fonte de energia é muito usada no Sul e Sudeste do país por ser mais barata.

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