Em 2004, o PT do Maranhão, então dirigido por Washington Luiz, hoje vice-governador, contratou a agência de publicidade Opendoor para fazer a campanha do partido. O pagamento foi feito da seguinte forma: a direção do PT emitiu seis cheques – um no valor de R$ 88 mil e cinco de R$ 90 mil, totalizando R$ 538 mil. Todos assinados por Washington Luiz.
Acontece que nenhum dos seis cheques tinha fundo. A Opendoor amargou o prejuízo. Passaram-se oito anos e nada. A dívida hoje, se corrigida com juros praticados por bancos oficiais, como, por exemplo, o Banco do Brasil, chega quase a quatro milhões de reais.
O proprietário da Opendoor, Rogério Ferreira, jamais entrou na Justiça para tentar receber o dinheiro.
Acontece que em 2004 o jornal Diário da Manhã denunciou o golpe petista. Com detalhes importantes. Por exemplo: em 2004 o tesoureiro do PT nacional era Delúbio Soares, que ficaria famoso em 2005 como o homem responsável pelos empréstimos bancários para pagar parlamentares nas votações de interesse do governo Lula, o não menos famoso escândalo do Mensalão.
Pois bem, um emissário foi até Delúbio Soares para tentar resolver o problema da dívida do PT maranhense. Para surpresa do emissário, Delúbio Soares exibiu uma planilha onde estavam anotados os valores enviados ao PT em diversas cidades do país. Na planilha constavam os valores repassados a São Luís.
Por que, então, o PT não pagou a Opendoor? O que foi feito do dinheiro repassado por Delúbio Soares ao PT maranhense?
Eis um grande mistério, que, acredito, Rogério Ferreira só tomou conhecimento pelas páginas do Diário da Manhã. Outro mistério é ele nunca ter entrado na Justiça para tentar receber a dívida que o PT contraiu e ainda hoje se nega a pagar.
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