segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Delegados irão avaliar declarações de ex-prefeito de Serrano do Maranhão


O subdelegado geral da Polícia Civil do Maranhão, Marcos Afonso Junior, que investiga os crimes de agiotagem no Maranhão e a morte do jornalista Décio Sá, informou que se reunirá nesta segunda-feira com a comissão de delegados responsável pelo caso para avaliar as declarações feitas a imprensa na última sexta-feira pelo ex-prefeito do município de Serrano do Maranhão, Vagno Pereira, mais conhecido como Banga.
Banga afirmou que a sua prisão feita pela Polícia Federal, ocorrida em março de 2010, foi a punição encontrada pela quadrilha de agiotagem, investigada pelo envolvimento na morte do jornalista Décio Sá, que exigia dele o pagamento de uma dívida de R$ 200 mil, que teria sido fruto da gestão do ex-prefeito daquela cidade, Leocádio Olímpio Rodrigues.
Marcos Afonso Junior explicou que até o momento Banga não procurou a polícia para pedir proteção e nem para prestar um depoimento oficial sobre o fato de ser vítima da quadrilha de agiotagem que tem como líder Gláucio Alencar - apontado como mandante da execução de Décio Sá.
Segundo o delegado Roberto Larrat, um dos delegados que faz parte da comissão que investiga os crimes de agiotagem, afirmou que não está descartada a possibilidade de Vagno Pereira prestar depoimento na Superintendência de Investigações Criminais (Seic), no Bairro de Fátima. Também falou que as investigações sobre o crime de agiotagem agora que deram início e até o momento mais de sete pessoas já foram ouvidas e muitos documentos precisam ser analisados de forma criteriosa.
Vagno Pereira foi preso durante a “Operação Rapina”. Ele declarou que a sua prisão foi resultado de uma armação feita entre Gláucio Alencar e o delegado da Polícia Federal Pedro Meireles que foi ouvido esta semana na Superintendência de Investigações Criminais (Seic)sobre a sua possível ligação na morte do jornalista Décio Sá. Vagno Pereira foi detido no dia 19 de abril de 2010, sem ordem judicial e estava em uma estrada vicinal de Serrano do Maranhão em companhia de uma filha, que na época, tinha apenas cinco anos.
A acusação era de saques milionários de recursos municipais na boca do caixa. Um dos saques teria sido feito no Banco do Brasil no valor de R$ 10 mil, em Cururupu. De acordo com a polícia, à época, essa operação foi montada exclusivamente para apurar o desvio de recursos públicos em Serrano do Maranhão. A PF apurou desvio de R$ 3,1 milhões em apenas seis meses, valor que corresponde a 96,55% de todo o recurso de 12 programas federais em execução naquela cidade.

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