sexta-feira, 30 de março de 2012

“Notícia boa seria a morte de Sarney”, diz humorista do Casseta & Planeta


Do Portal Terra
Presente no velório de Millôr Fernandes, que aconteceu nesta quinta-feira (29) no cemitério Memorial do Carmo, no Rio de Janeiro, o humorista do Casseta & Planeta da Rede Globo, Marcelo Madureira, comentou que quer saber quando os veículos de comunicação vão parar de dar notícias ruins. “Quero saber quando vão começar a dar as notícias boas, como a morte de José Sarney e Jader Barbalho”, ironizou.
Madureira lamentou o fato de Chico Anysio e Millôr Fernandes terem morrido em menos de uma semana. “A bruxa está solta pro lado dos humoristas, poderia ir para o lado dos políticos. Só tem notícia triste no jornal. Um dia quero acordar e ler: morreu José Sarney, morreu Jader Barbalho, morreu Paulo Maluf”.
Voltando à TV com o Casseta & Planeta Vai Fundo, Madureira comentou que nunca viu ninguém com tanta moral quanto Millôr. “Foi um cara que traduziu obras de Shakespeare. Fiquei pessoalmente comovido e profissionalmente me sinto órfão”, falou.
Millôr Fernandes morreu aos 87 anos na terça-feira (27), por falência múltipla dos órgãos. Nomes como Dilma Rousseff, Geraldo Alckmin, Gilberto Kassab, Arnaldo Jabor, Maurício de Sousa e Paulo Caruso lamentaram e repercutiram a morte do escritor.

Zé Reinaldo nega lobby no Min. dos Transportes: “é vingança do grupo Sarney”


Os veículos de comunicação da família Sarney divulgaram, exaustivamente, durante a semana, que o ex-governador José Reinaldo Tavares atuava, agora, como lobista no Ministério dos Transportes, na função de consultor de uma empresa que presta serviços a pasta. Os asseclas da oligarquia insinuaram, também, que durante a passagem de Reinaldo pelo Ministério dos Transportes, nos anos 90, sua gestão foi marcada por corrupção e supostas irregularidades na construção da Ferrovia Norte-Sul. (veja aqui)
Em nota encaminhada ao blog do John Cutrim nesta sexta-feira, o ex-governador Zé Reinaldo comenta as acusações feitas pela mídia sarneysista. Ele dar detalhes importantes sobre o caso e esclarece, ponto a ponto, todas as ilações divulgadas pelos serviçais do clã bem como rebate, de forma contundente, questionamentos lançadas durante sua passagem pelo Ministério dos Transportes e, também, a polêmica da operação Navalha.
Em relação ao fato de prestar consultoria para uma empresa, Zé Reinaldo disse que agora o recriminam por trabalhar. “Como se isso para a oligarquia configurasse um crime, vai ver que hediondo. Sei que trabalho para eles não é opção é mais fácil ganhar dinheiro de outras formas…”.
Quanto ao suposto lobby que estaria exercendo no Ministério para favorecer a empresa a qual é contratado, o ex-governador rechaçou: “que lobby é esse? Sou engenheiro formado e apenas exerço minha profissão. A empresa para quem trabalho, pelo que me consta não tem contratos com o ministério ou a órgãos vinculados a ele, ou qualquer fatura pendente. Mais se tivesse qual seria o meu crime? Só pode ser o de trabalhar…”, indaga.
O ex-governador relata, na nota, que já está acostumado com os ataques rasteiros e vis da oligarquia Sarney. “Eles pensam que assim calam a oposição para que possam ter o campo livre para destruir o estado como tentam fazer em benefício próprio”, desabafa.
José Reinaldo diz ainda que o envolvimento de seu nome na operação Navalha, o que resultou em sua prisão, se tratou de uma vingança da oligarquia Sarney. “Não só contra mim, mas envolvendo muitos integrantes do meu governo, pela derrota de Roseana Sarney em 2006. Quem leu o inquérito e ouviu as gravações vai ver que quem realmente participa de tudo são vários membros da oligarquia”, revela.
Leia, abaixo, a íntegra da nota enviada por Zé Reinaldo ao blog.
Trabalhar é crime para a oligarquia
Já estou acostumado com as agressões da oligarquia. Eles pensam que assim calam a oposição para que possam ter o campo livre para destruir o estado como tentam fazer em benefício próprio. Chamam os seus sicários da pena e aí produzem toda a baixaria que conseguem imaginar para caluniar e detratar quem não baixa a cabeça para eles.
Agora me recriminam por trabalhar, como se isso para a oligarquia configurasse um crime, vai ver que hediondo. Sei que trabalho para eles não é opção é mais fácil ganhar dinheiro de outras formas…
Me acusam então de fazer lobby para uma empresa de construção no Ministério dos Transportes, onde exerci o cargo de Ministro. É só no que pensam.
Vejamos, eu fui ministro dos Transportes até final de 1989, início de 1990. Já se passaram cerca de 22 anos e vários presidentes se sucederam cada um com uma equipe nova no órgão. Lá praticamente não resta ninguém da minha equipe. Não tenho pai Presidente de Poder, nem ministro. Que lobby é esse? Sou engenheiro formado e apenas exerço minha profissão. A empresa para quem trabalho, pelo que me consta não tem contratos com o ministério ou a órgãos vinculados a ele, ou qualquer fatura pendente. Mais se tivesse qual seria o meu crime? Só pode ser o de trabalhar…
Aí me acusam de ter denúncias de corrupção no ministério. Quais? O único caso que houve foi o da licitação da Ferrovia Norte Sul. Será esse? O ministério não fez a licitação que foi feita pela Valec. A Valec foi uma sugestão do Dr. Eliezer Batista, pai do empresário Eike Batista e era toda formada por pessoal da Vale à disposição. Todos muitos sérios. Tanto que houve uma CPI do Senado Federal, um inquérito da Policia Federal e do Ministério Público e uma interna do ministério. Nunca fui acusado de nada nem podia ser porque o que aconteceu é que eram 20 lotes e 21 concorrentes sendo que ficaria logicamente de fora aquela que na época não tinha o porte das outras. A empresa que ficaria de fora acusou o resultado com as outras vinte o que não poderia ser de outra forma. O preço de todos era o menor admitido, não havia sobrepreço. De que sou acusado? E porque não fui demitido?
Portanto não fui acusado de corrupção, pois não havia corrupção. Nem eu nem ninguém do ministério.
Ai ,prosseguindo na baixaria, citam como condenação final uma frase dita por Dilson Funaro a Veja e publicada pela revista em que me acusava de “canalha”. Sabem por quê? Verão que o canalha não era eu que apenas defendi o governo, o contrariando. Tínhamos elaborado uma Exposição de Motivos solicitando verbas para a construção da Ferrovia Norte Sul que seria assinada por mim, pelo ministro da Fazenda (Funaro) e pelo ministro do Planejamento. Eu e o ministro do Planejamento havíamos assinado e faltava a de Funaro com quem eu já havia conversado e ele havia concordado em assinar. Antes de pegar a sua assinatura saiu a notícia de que o Presidente iria demiti-lo o que causou uma grande tensão. Como tudo já estava negociado me apressei para obter a assinatura que faltava. Quando cheguei a casa dele notei que não pretendia mais assinar e que queria colocar na imprensa que ele estava saindo do governo porque havia se recusado a assinar a EM dando dinheiro a Norte Sul.
Aquilo se configurava numa molecagem pois ele sabia que não era por isso e sim pelo naufrágio do Plano Cruzado que ele conduziu mal. Fiz um apelo e o convenci a assinar e ele me pediu que segurasse a publicação e deixasse para fazer isso depois. Ele me garantiu que não iria divulgar que saia por causa da ferrovia, tão combatida na época, e então me comprometi a segurar a publicação até a sua saída. Mas ele não resistiu e em entrevista coletiva ele falou que saia porque havia se recusado a assinar os recursos para a NS. Aí não tive dúvidas nenhuma em chamar a imprensa e mostrar a todos a assinatura do ex-ministro no documento derrubando a sua versão. Tudo isso está na Folha de São Paulo da época é muito fácil mostrar tudo isso. Ele então resolveu me agredir, mas o canalha não foi eu.
Por fim vem com a operação Navalha. Aquilo na verdade foi uma vingança, não só contra mim, mas envolvendo muitos integrantes do meu governo, pela derrota de Roseana Sarney em 2006. Quem leu o inquérito e ouviu as gravações vai ver que quem realmente participa de tudo são vários membros da oligarquia. Existem gravações hilárias de gente da família pedindo dinheiro, mas ninguém da oligarquia foi indiciado. Mas está tudo aí e muitas dessas coisas foram publicadas na imprensa nacional. Eu fui pesadamente acusado por coisas que não tem a menor sustentação. As pontes estão no lugar certo e muito bem executadas conforme atestados de órgãos federais que tenho em meu poder. O carro está preso em uma interpretação descabida de gravações de terceiros. Não tem uma única minha, diretamente. A licitação que me acusaram de dirigir para a citada empresa em troca do carro já havia sido realizada quando me prenderam, estava tudo publicado nos Diários Oficiais tanto da União quanto do Estado e a empresa acusada nem da licitação participara.
Enquanto isso, poderiam me explicar o que Fernando Sarney fazia na Valec? Porque foi acusado e indiciado? Era lobby ou era algum emprego? Só queria entender…
José Reinaldo Tavares

Maranhense tenta entrar no Guinness


Do Portal Diário da Barra:
Artista plástico Madison Araújo
Artista plástico Madison Araújo
Madison Araújo quer entrar no Guiness Book de forma bem inusitada. Natural de Barra do Corda, filho de dona Maria de Sousa Melo e do Sr. Enoque Cavalcante de Araujo, moradores do bairro Tamarindo, o artista plástico de 45 anos que entrar no Guiness Book como o maior pintor de corpos, com 3.000 pinturas.
O barra-cordense nasceu em 22 de fevereiro de 1967, saiu de Barra do Corda com destino a Taguatinga-DF quando tinha apenas 21 anos. Trabalha com artes desde os 14 anos e com pintura corporal desde os 19. Hoje, mora em Padre Bernardo, Goiás.
Madison acredita que possa garantir lugar no livro dos recordes. “Estou recuperando algumas fotos para comprovar”, disse o artista.
Veja algumas pinturas:

Lobão prefere ficar como ministro


Edison Lobão
Edison Lobão
Se tiver que optar entre ser o próximo presidente do Senado Federal e carregar o Ministério de Mina se Energia, o senador licenciado Edison Lobão prefere levar a pesada pasta, que tem o maior orçamento da União.
Ficar como ministro lhe facilita mais para uma disputa à sucessão da governadora Roseana Sarney, além de ter a garantia de apoio das grandes empresas mineradoras e outras que operam em torno das atividades do seu ministério.
Possibilita ainda ao fiho ficar por mais tempo no cargo de senador da República, com chances de se efetivar e até, quem sabe, ser eleito de fato e de direito, caso o pai seja mesmo governador a partir de 2015.
Mas o nome de Lobão vem crescendo cada vez mais como substituto ao cargo do senador José Sarney, principalmente depois que recebeu o convite da presidente Dilma Rousseff.
Ontem, foi a vez do líder do governo no Senado, Eduardo Braga apontar Lobão como o nome mais forte à sucessão de Sarney.
Lobão desconversa quando indagado a respeito, mas sabe que não poderá deixar de atender a um pedido da presidente da República.

Prefeitura de Cedral é obrigada a mostrar lista de contratados


A juíza Marcela Santana Lobo, titular da Comarca de Cedral, expediu uma liminar na qual obriga a prefeitura municipal a exibir judicialmente a lista de pessoas contratadas pelo município, mesmo após a realização de concurso público. Segundo o Ministério Público, a administração municipal estaria contratando pessoas em todas as áreas para as quais foi realizado um concurso público em 2010, sem homologação da lista de aprovados, consequentemente, fora da ordem de aprovação.
O MP requereu, em outubro de 2011, no prazo de 60 dias, uma cópia do ato homologatório do concurso, da relação de funcionários do município, com indicação do vínculo empregatício, comprovado mediante a juntada dos respectivos contratos de trabalho. Trinta dias depois, a administração do município protocolizou pedido de aumentar o prazo, por mais 30 dias, para atendimento da requisição. O pedido foi aceito.
Porém, até a presente data, o MP não recebeu nenhum dos documentos requisitados. De acordo com a decisão “(…) O Poder Público Municipal não atendeu à requisição ministerial, privando o Ministério Público Estadual de ter acesso aos contratos de trabalho dos funcionários, com o fito de constatar potenciais irregularidades na contratação (…)”.
Marcela Lobo frisa que “de qualquer sorte, não é possível transferir a decisão de legitimidade e legalidade da questionada atuação administrativa ao ente municipal, que indevidamente restringe o acesso a documentos públicos, e, portanto, de consulta franqueada a qualquer indivíduo, recusando-se a atender a requisição ministerial, comportamento este evidentemente ilegítimo e passível de imposição das devidas reprimendas”.
Para ela, os órgãos de atuação do Estado devem pautar-se por princípios de cooperação e transparência, viabilizando o pleno exercício de controle, o que somente será possível, neste caso, com a apresentação dos documentos, cujo prazo para apresentação expirou desde o fim de janeiro do corrente ano, após sucessivas prorrogações de prazo por parte do Ministério Público.
Ao observar que o requerido teve tempo suficiente para preparar a documentação, a magistrada deferiu a liminar, determinando a exibição judicial, no prazo de dez dias, da relação de todos os funcionários que prestam serviço ao município, acompanhado dos documentos que atestem seus vínculos empregatícios, em especial os que prestam serviços nas seguintes áreas: advogado, assistente social, bioquímico, enfermeiro, odontólogo, farmacêutico, médico, supervisor escolar, professor nível II – Língua Portuguesa, professor nível II – Ciências, professor nível II – Inglês, professor nível II – História, professor nível II – Geografia, professor nível I, agente de preservação ambiental, auxiliar de administração, auxiliar técnico de contabilidade, auxiliar técnico em tecnologia de informação, técnico de enfermagem com formação em odontologia, técnico de laboratório/análise clínica, agente de portaria e auxiliar de serviços diversos.

PF desarticula fraudadores do INSS em Caxias


A Polícia Federal prendeu, na manhã de desta sexta-feira (30), na cidade de Caxias um homem suspeito de coordenar uma quadrilha especializada em fraudes contra a Previdência Social. A operação se deu em cumprimento a um mandado de prisão expedido pela Justiça Federal.
O suspeito estava sendo investigado desde o fim de novembro do ano passado. Segundo a Polícia Federal, ele usava laranjas para sacar benefícios do salário-maternidade. Na última terça-feira (27), seis pessoas que estariam envolvidas no esquema também foram presas. Na ocasião, foram presas três falsas beneficiárias, logo após o saque dos salários-maternidade e três intermediários que eram responsáveis por arregimentar as mulheres e levá-las para realizar os saques.
O homem preso nesta sexta-feira, de acordo com investigações preliminares, era o responsável por organizar a documentação e realizar agendamentos para o saque dos salários-maternidade. Os documentos encontrados com ele indicam que apenas nos meses de fevereiro e março foram sacados cerca de cinquenta benefícios fraudulentos, no valor de R$ 2.488,00 (dois mil quatrocentos oitenta e oito reais) cada.
As investigações apontam ainda que a quadrilha era especializada em fraudar o salário-maternidade, há pelo menos dois anos. Há ainda informações de que eles aplicavam outros golpes contra o INSS, fraudando outros tipos de benefícios.
Apenas nos três primeiros meses 2012, a Delegacia de Polícia Federal da cidade de Caxias prendeu 18 pessoas envolvidas em fraudes contra a previdência social.
Os presos serão indiciados nos crimes de formação de quadrilha, estelionato previdenciário, falsificação de documentos públicos e uso de documento público falso. As penas somadas podem atingir 22 anos de prisão.

Demóstenes usou cargo de senador para beneficiar Cachoeira


O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e o contraventor Carlinhos Cachoeira Aílton de Freitas / O Globo
O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e o contraventor Carlinhos Cachoeira Aílton de Freitas / O Globo
BRASÍLIA – Novas gravações da Polícia Federal mostram que o senador Demóstenes  Torres (DEM-GO) colocou o mandato e o prestígio de parlamentar a serviço de  negócios de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso por chefiar a  exploração ilegal de caça-níqueis e outros jogos em Goiás. Nas escutas, obtidas  pelo GLOBO, Demóstenes acerta com Cachoeira táticas que vão da interferência em  processo judicial ao lobby pela legalização dos jogos de azar no Congresso  Nacional.
Nos diálogos, o senador trata ainda de nebulosos negócios na Infraero no  período em que a estatal estava sob o comando do brigadeiro José Carlos Pereira,  e Demóstenes era o relator da CPI do Apagão Aéreo. Em outros trechos das  gravações, Demóstenes pede dinheiro a Cachoeira para pagar despesas com  táxi-aéreo, no valor de R$ 3 mil, conforme antecipou O GLOBO na sexta-feira  passada.
As conversas foram gravadas pela Polícia Federal, durante a Operação Vegas,  ao longo de 2009. Num dos diálogos, interceptado às 14h41m de 22 de junho de  2009, o senador pede que Cachoeira pague o frete de um avião da Sete, empresa de  táxi-aéreo. O contraventor já cobra a conta na mesma conversa e pede ao senador  que interceda num processo judicial que estava no gabinete do desembargador Alan  Sebastião de Sena Conceição, do Tribunal de Justiça de Goiás. O processo estava  relacionado a um delegado e três agentes da Polícia Civil de Anápolis acusados  de tortura e extorsão.
- Por falar nisso, tem que pagar aquele trem do Voar. Do Voar, não, da Sete, ? – pede Demóstenes.
, tu me fala aí. Eu falo com o… com o Vilnei. Quanto foi lá? – concorda Cachoeira.
Favor em troca de dívida
O senador informa que a despesa é de R$ 3 mil. Cachoeira diz que vai mandar  um auxiliar quitar a dívida e imediatamente encomenda um serviço especial ao  parlamentar.
- Deixa eu te falar. Aquele negócio (processo)  concluso aí,  aquele negócio do desembargador Alan, você lembra? A procuradora entregou aí  para ele. Podia dar uma olhada com ele. Você podia dar um pulinho lá para mim? – diz Cachoeira.
O senador pergunta sobre um detalhe do caso e aceita a missão.
 tranquilo. Eu faço – diz Demóstenes.
Os dois já tinham acertado formas de interferir no processo em conversas  anteriores. Nos diálogos, em que Demóstenes chama Cachoeira de “Professor” e é  tratado pelo amigo de “Doutor”, o senador relata ao contraventor o resultado de  uma reunião que tivera pouco antes com o magistrado.
- Fala, Professor. Acabei de chegar lá do desembargador. O homem disse que  vai olhar o negócio e tal – confidencia o senador, numa conversa interceptada às  16h39m de 6 de abril de 2009.
Cachoeira quer saber se o julgamento será rápido, e o senador confirma.
- Vai julgar rápido. Mandou pegar o papel, já pegou o… negócio lá. Diz que  vai fazer o mais rápido possível – avisa Demóstenes.
Num diálogo, gravado em 22 de abril de 2009, o contraventor manda o senador  fazer um levantamento sobre o projeto de lei 7.228, relacionado a jogos de azar,  e dois dias depois cobra uma posição de Demóstenes. E até pede que ele fale com  o então presidente da Câmara, Michel Temer, hoje vice-presidente da República. O  senador promete ajudar e diz que vai tentar fazer com que o plenário da Câmara  vote a proposta, o que não aconteceu.
- Anota uma lei aí. Você podia dar uma olhada. Ela  na Câmara.  7.228 2002. PL (projeto de lei) – orienta Cachoeira.
O senador obedece, pede mais informações, anota e aceita a tarefa.
- Vou levantar agora e depois te ligo aí – promete.
Em outras conversas, o senador, que sempre alegou desconhecer atividades  ilegais de Cachoeira, alerta que o texto, na forma em que se encontrava, poderia  prejudicar o contraventor.
- Regulamenta, não (as loterias estaduais). Vou mandar o texto procê. O que  aprovado lá é o seguinte: “transforma em crime  qualquer jogo que não tenha autorização”. Então inclusive te pega,?  Então vou mandar o texto pra você. Se você quiser votar, tudo bem, eu vou atrás.  Agora a única coisa que tem é criminalização, transforma de contravenção em  crime, não regulariza nada – avisa Demóstenes.
Cachoeira discorda e acalma o senador.
- Não, regulariza, sim, uai. Tem a 4-A e a 4-B. Foi votada na Comissão de  Constituição e Justiça – diz.
Uma outra conversa, gravada em 4 de abril de 2009, revela que o senador e o  contraventor estão de olho em um milionário “negócio” em andamento da Infraero.  Um dos intermediários na transação seria Dadá, o sargento da reserva da  Aeronáutica Idalberto Matias Dadá, um dos presos na Operação Monte Carlo.  Demóstenes teria usado a autoridade de relator de uma CPI para levantar  informações e prospectar contratos de informática na estatal.
- O negócio da Infraero, conversei com a pessoa que teve lá. Disse o  seguinte: o nosso amigo marcou um encontro com ele em uma padaria, não sei o  quê. E levou o ex-presidente (José Carlos Pereira, da Infraero),   entendeu? E que aí o trem lá não andou nada. Eles nem sabem o que   acontecendo – confidencia Demóstenes.
Cachoeira ordena, então, que o senador faça o serviço.
- Mas tem que ser você mesmo. Você que precisava ligar para ele.
Procurado pelo GLOBO, Pereira confirmou que teve três encontros com  Demóstenes em 2009 e reforçou as acusações contra o senador, dizendo que o  político estava interessado nos contratos da área de informática da  Infraero.
- Houve uma época, durante a CPI (do Apagão Aéreo), eu senti que o Demóstenes  poderia estar interessado em assuntos muito internos da Infraero, principalmente  ligados à área de informática. E eu cortei na raiz. Eram licitações – disse o  brigadeiro.
O desembargador Alan Sebastião confirma que tratou do caso dos policiais  torturadores, mas diz que não se lembra se recebeu Demóstenes em seu gabinete.  Ele alega que muita gente vai ao gabinete dele pedir “carinho” na análise de  processos.
- Mas, se você for escrever alguma coisa, escreva que meu voto foi pela  manutenção da condenação dos policiais – disse o desembargador.
Michel Temer disse que, em nenhum momento, foi procurado por Demóstenes para  tratar de projetos relacionados a jogos. O advogado Antônio Carlos de Almeida  Castro, o Kakay, contratado pelo senador, disse que Demóstenes sempre votou  contra os bingos, mas não faria comentários porque não conhece o conteúdo das  gravações.

Prefeituras não entregam prestação de contas


A situação nas prefeituras maranhenses é realmente preocupante. Dos 217 municípios do estado, apenas 48 entregaram a prestação de contas do exercício 2011. O prazo para entrega da documentação vai até a próxima segunda-feira (02/04). O prefeito que desobedecer o prazo não poderá concorrer às eleições municipais de 2012.
Confira abaixo a relação das prefeituras que já entregaram suas prestações de contas.
ProcessoNomeData de Entrada
3281 / 2012Prefeitura Municipal de Altamira do Maranhão30/03/2012
3029 / 2012Prefeitura Municipal de Alto Alegre do Pindaré28/03/2012
3137 / 2012Prefeitura Municipal de Alto Parnaíba29/03/2012
3150 / 2012Prefeitura Municipal de Araioses29/03/2012
3269 / 2012Prefeitura Municipal de Arame30/03/2012
3185 / 2012Prefeitura Municipal de Bacabeira29/03/2012
3208 / 2012Prefeitura Municipal de Boa Vista do Gurupi29/03/2012
3127 / 2012Prefeitura Municipal de Bom Jardim29/03/2012
2759 / 2012Prefeitura Municipal de Buriticupu21/03/2012
3142 / 2012Prefeitura Municipal de Buritirana29/03/2012
2766 / 2012Prefeitura Municipal de Cachoeira Grande21/03/2012
2052 / 2012Prefeitura Municipal de Caxias01/03/2012
3055 / 2012Prefeitura Municipal de Cedral28/03/2012
3270 / 2012Prefeitura Municipal de Centro Novo do Maranhão30/03/2012
2880 / 2012Prefeitura Municipal de Centro do Guilherme23/03/2012
2929 / 2012Prefeitura Municipal de Feira Nova do Maranhão26/03/2012
3225 / 2012Prefeitura Municipal de Fernando Falcão29/03/2012
2844 / 2012Prefeitura Municipal de Gonçalves Dias23/03/2012
2911 / 2012Prefeitura Municipal de Governador Archer26/03/2012
2853 / 2012Prefeitura Municipal de Governador Eugênio Barros23/03/2012
3013 / 2012Prefeitura Municipal de Guimarães27/03/2012
3159 / 2012Prefeitura Municipal de Humberto de Campos29/03/2012
3238 / 2012Prefeitura Municipal de Imperatriz30/03/2012
3115 / 2012Prefeitura Municipal de Lagoa do Mato29/03/2012
2892 / 2012Prefeitura Municipal de Maranhãozinho23/03/2012
3169 / 2012Prefeitura Municipal de Mata Roma29/03/2012
3220 / 2012Prefeitura Municipal de Matões29/03/2012
2663 / 2012Prefeitura Municipal de Morros20/03/2012
2866 / 2012Prefeitura Municipal de Olho Dágua das Cunhãs23/03/2012
2993 / 2012Prefeitura Municipal de Passagem Franca27/03/2012
2996 / 2012Prefeitura Municipal de Pastos Bons27/03/2012
3101 / 2012Prefeitura Municipal de Paulino Neves29/03/2012
2971 / 2012Prefeitura Municipal de Pio XII27/03/2012
3130 / 2012Prefeitura Municipal de Poção de Pedras29/03/2012
2980 / 2012Prefeitura Municipal de Primeira Cruz27/03/2012
2881 / 2012Prefeitura Municipal de Raposa23/03/2012
3284 / 2012Prefeitura Municipal de Riachão30/03/2012
3247 / 2012Prefeitura Municipal de Ribamar Fiquene30/03/2012
3233 / 2012Prefeitura Municipal de Sambaíba30/03/2012
2863 / 2012Prefeitura Municipal de Santa Luzia23/03/2012
3256 / 2012Prefeitura Municipal de Santa Rita30/03/2012
2871 / 2012Prefeitura Municipal de Satubinha23/03/2012
2935 / 2012Prefeitura Municipal de Sucupira do Norte26/03/2012
1834 / 2012Prefeitura Municipal de São José de Ribamar15/02/2012
3192 / 2012Prefeitura Municipal de São João do Caru29/03/2012
3182 / 2012Prefeitura Municipal de São Mateus do Maranhão29/03/2012
3244 / 2012Prefeitura Municipal de São Pedro da Água Branca30/03/2012
2324 / 2012Prefeitura Municipal de Timon12/03/2012