Jovem atropelada em Imperatriz já recebeu alta

POR OSWALDO VIVIANI

Já está em casa a estudante universitária Rebecca Cordão, de 21 anos, que no fim da madrugada de 26 de janeiro foi atropelada em Imperatriz por um carro dirigido por Gessé Sabino Leite Filho, 31. Rebecca – que sofreu fratura na bacia e traumatismo craniano – estava internada no Hospital São Rafael, na cidade da região tocantina, e recebeu alta no sábado (2). Segundo sua irmã, Patrícia Cordão, contou ontem (5) ao Jornal Pequeno, Rebecca viajou no sábado mesmo, de carro, para Teresina – cidade onde nasceu e cursa Medicina. Patrícia informou que sua irmã se recupera bem e terá de ficar ainda mais algum tempo em repouso.

A polícia acredita que Gessé Sabino Leite Filho atropelou Rebbeca intencionalmente. Segundo depoimentos de testemunhas, Gessé atirou o carro – um Outlander Mitsubishi preto – num grupo de jovens que saíam da boate ITZ, onde, momentos antes, ele havia tido um ligeiro desentendimento com um rapaz do grupo. Além de Rebecca, Davisson de Jesus Almeida, 22, também foi atingido. Ele sofreu uma luxação na perna esquerda e escoriações pelo corpo. Foi medicado e liberado.

O atropelamento revoltou familiares e amigos de Rebecca e Davisson, que fizeram uma manifestação diante do Fórum Henrique De La Rocque, pedindo a punição do acusado.

Também indignou os pais de Rogério Alves Lima Júnior, conhecido como 'Rogerinho', de 17 anos, atropelado e morto por Gessé Filho em 2008. Por esse crime o atropelador foi julgado e condenado, em 2011, a 2 anos e 8 meses de prisão e proibido de dirigir por dois anos. Apesar da condenação, Gessé cumpria a pena em liberdade e não respeitava a proibição de dirigir.

O atropelador fugiu após o fato, mas foi preso no fim da noite de sábado, em Araguaína (estado do Tocantins), onde havia se internado numa clínica psiquiátrica, e trazido para a 10ª Delegacia Regional de Imperatriz.

O promotor Joaquim Ribeiro de Souza Junior, da comarca de Imperatriz, já afirmou que vai pedir à Justiça que Gessé Sabino Leite Filho seja levado a júri popular, por tentativa de homicídio.

Os advogados de Gessé solicitaram à Justiça, no domingo, a internação dele em uma clínica psiquiátrica, sob o argumento de que ele sofre de 'distúrbios mentais ocasionados por consumo de bebida alcoólica'.

A juíza Ana Lucrécia Bezerra Sodré Reis, da Vara Civil, que trabalhou no plantão judiciário no domingo, determinou que o acusado se submeta a um exame psicológico, que será feito por uma psicóloga do Estado, para que a Justiça possa ter subsídios para uma decisão. O exame seria feito ontem, no Instituto Médico Legal (IML) de Imperatriz.