domingo, 7 de abril de 2013

45 pessoas foram executadas a tiros em São Luís no mês de março

As quatro cidades que compõem a Região Metropolitana da Ilha, Raposa, Paço do Lumiar, São José de Ribamar e a capital São Luís, tem sido abaladas com um grande número de crimes de homicídio praticados na forma de execução, sem autoria definida. O fato intriga a população e está desafiando as autoridades da Segurança Pública. A Polícia Militar admite que esta modalidade de crime é difícil de ser evitado, embora desenvolva ações visando o desarmamento. A Polícia Judiciária, a quem cabe investigar e elucidar tais crimes, vem desenvolvendo investigações sistemáticas e garante que alguns crimes destes já estão em fase final de elucidação.
Pistola PT 0.40 é arma mais usada pelos bandidos nos crimes de execução. A arma é de exclusividade das forças de segurança (Honório Moreira/OIMP/D.A Press)
Pistola PT 0.40 é arma mais usada pelos bandidos nos crimes de execução. A arma é deexclusividade das forças de segurança

Até a última sexta-feira (5), já haviam se registrado 171 homicídios este ano na capital, onde a média por dia é de 1,9 morto/dia. Somente no mês de março de 2013, 56 pessoas foram crimes violentos intencionais, dos quais 45 foram com o uso de armas de fogo, casos de execução. 

A média é tão alta que somente nos cinco primeiro dias do mês de abril, nove casos deste tipo de crime foram registrados. Algumas das vítimas foram: Tarcísio Ferreira Nascimento, 25 anos, morto na Rua do Sítio, na Vila Embratel; Herbert da Silva Martins, 29, morto na Coréia, dentre outros.

A delegada geral da Polícia Civil, Maria Cristina Menezes, informou que todos os crimes estão sendo investigados pelas delegacias distritais e pela Delegacia de Homicídios, que está melhor aparelhada com cinco delegados, 18 investigadores especializados e cinco escrivães.

Conforme disse, uma portaria da Delegacia Geral determina que as distritais iniciem as investigações, trabalho assumido pela especializada, somente quando o caso se manifesta de difícil solução. Segundo a delegada, a maioria destes crimes já estão elucidados ou próximos do autor. “Os delegados da Homicídios estão se fazendo presentes em todos os locais de crimes ocorridos durante o dia, visto que aquela unidade ainda não está operando com plantões noturnos. Esta medida tem apresentado resultados bastante positivos, pois os levantamentos feitos de imediato, possibilitam a coleta de pistas que facilitam a elucidação dos crimes. As delegacias, em cuja circunscrição ocorreram os crimes, iniciam as investigações e geralmente concluem o inquérito, a menos que o caso seja muito complicado e que exija investigações mais apuradas”, disse a delegada Maria Cristina.

A delegada geral disse ainda, que visando otimizar o trabalho da Delegacia de Homicídios, será realizado, ainda este mês, um Curso de Investigação em Local de Homicídio, ministrado por cinco delegados especialistas do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa(DHPP) do Estado de São Paulo.

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