terça-feira, 2 de abril de 2013

Artigo: Adolescentes e o suicídio


Por Wagner
Grande parte dos estudos nesse campo procurou investigar se existia associação entre as histórias sobre suicídio que aparecem na mídia e o aumento do índice de suicídio na população em geral. Embora o assunto ainda seja objeto de controvérsias, algumas pesquisas sérias indicam histórias sobre suicídio na mídia, nas novelas e em documentários, todas estão associadas a uma elevada taxa de suicídio. Há, além disso, posicionamentos contra a exposição dos jovens ao grande volume de informações, histórias e grupos de discussão na Internet sobre suicídio, que podem incitar a conduta (O conjunto das reações que se podem observar num indivíduo, estando este em seu ambiente, e em dadas circunstâncias) suicida.
Os filhos podem ser protegidos de idéias suicidas pelos seus pais ao deixarem bem claro o quanto eles são importantes. Quando o adolescente se sente valorizado e amado, estará muito menos inclinado a querer terminar com a própria existência.
Sintomas de tendências suicidas
Semelhantes com os sintomas da depressão, com a agravante que muitos adolescentes com tendências suicidas distribuem seus pertences, fazem desenhos ou escrevem sobre o extermínio e o ato de extinguir-se.
Os progenitores têm de estar atentos, prevenidos e acautelados, sobretudo se o jovem tem conduta autodestrutiva, fica dizendo que não vale nada ou que é um peso para os outros, e que preferia estar morto.
Estudos e pesquisas já demonstraram que evidências irrefutáveis de muitos dos jovens que se suicidaram deixaram inúmeras pistas. Já haviam mencionado a uma ou mais pessoas que eles ou os outros estariam “melhor se estivessem mortos”. É um tipo de comentário que não deve ser ignorado. Um adolescente que faz esse tipo de comentário precisa saber que é muito querido pela família e ouvir constantemente que é uma pessoa muito importante para todos.
É importante estar com a atenção redobrada se o jovem que andava “na fossa” por um bocado de tempo, de repente e sem razão aparente, fica todo feliz e despreocupado. Infelizmente, esse entusiasmo é súbito, na maioria das vezes, decorrente do alívio que sentem porque tomaram a decisão de se matar. Os pais devem, de imediato, conversar com o filho e buscar aconselhamento profissional se desconfiam que o jovem tem intenção suicida.
Verdades sobre suicídio de adolescentes
A grande ocorrência de suicídio de adolescentes é normalmente atribuído à depressão, abusos sexuais, drogas, separação dos pais e problemas decorrentes de atração por pessoa do mesmo sexo. Conquanto apenas um desses fatos, por si só, pode ser bastante para levar um jovem ao suicídio, muitos adolescentes estão sobrevivendo a mais de um.
Muita das vezes, não é um único fato sério ou situação que leva o jovem a querer terminar com a própria vida. Uma série de pequenas, mas decepcionantes circunstâncias podem criar na mente do jovem a imagem de um futuro sem esperanças.
Um certo número de jovens são muito bons em disfarçar a depressão; por isso os pais precisam ficar atentos.
Inúmeras pesquisas recentes sugerem que uma em cada sete crianças está sujeita a sofrer depressão antes dos 14 anos e que muitas vivem sem terem sido diagnosticadas e tratadas, o que acarreta conseqüências devastadoras para a própria criança, familiares e até para a sociedade.
Pesquisas informam que triplicou o índice de suicídio de jovens desde os anos 60. Esse aumento do índice entre jovens, sobretudo do sexo masculino, é uma tendência mundial.
Estatisticamente comprovada esta que, para cada suicídio masculino consumado, há entre 30 a 50 tentativas de suicídio.
Estatisticamente também comprovada que, para cada suicídio feminino consumado, há entre 150 a 300 tentativas.
Estudos informam que, morte decorrente de suicídio é mais comum entre os homens; entretanto, condutas autodestrutiva vêm aumentando muito entre as garotas de 15 a 29 anos.
Pesquisadores afirmam que, para cada suicídio consumado há pelo menos 100 adolescentes que tentaram, mas não conseguiram dar cabo da própria vida. É uma constatação atemorizante.
Em vez de ficarmos conversando sobre suicídio é concentrarmo-nos nos muitos fatores de proteção aos adolescentes. A maior fonte de proteção do adolescente é estar conectado à família.
O que os pais podem fazer
As táticas eficientes para prevenir o suicídio incluem o aperfeiçoamento da aptidão social e emocional dos jovens, tais como solucionar problemas, tomar decisões, lidar com a raiva, resolver conflitos e comunicar-se sem medo de se afirmar. Os pais têm os meios para ajudar os adolescentes a desenvolverem essas características e habilidades, como por exemplo:
Demonstrar que confiam no filho, fazendo-o participar das decisões em família.
Nutrir um relacionamento tranqüilo e equilibrado, ensinando ao jovem, por meio de exemplos concretos, como lidar com a fúria.
Difundir-se abertamente, procurando resolver os problemas em conjunto.
Oferecer oportunidade e incentivar o jovem a expressar suas opiniões, e considerar as alternativas antes de tomar uma deliberação.
Afirmar-lhe que é importante, amado e levado a sério.
Garantir-lhe formalmente que nada vai afetar o amor e a aprovação paterna.
Buscar oportunidades para ensinar ao jovem como lidar com decepções e “fracassos”.
Transmitir ensinamentos e conhecimentos afirmando que, todos passamos por experiências negativas e o que importa é focalizar o positivo.

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