sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Caso Stênio pode acabar em pizza sabor babaçu

Caminha para uma enorme pizza sabor babaçu a investigação em curso na Corregedoria da Assembleia Legislativa sobre denúncia dando conta que o deputado Stênio Rezende (PMDB) teria recebido R$ 1,5 milhão de empresários das construção civil para apresentar projeto de lei que permitiu a derrubada da palmeira em áreas urbanas do estado – lei esta já revogada pelos próprios parlamentares.


Quem alertou para o cozimento da pizza foi o próprio corregedor, Jota Pinto (PR). Ele ouviu junto com a corregedora substituta Cleide Coutinho (PSB) o peemedebista por quase três horas nesta quinta-feira (15).
Jota Pinto e Cleide Coutinho contaram ao blog que além de Stênio já foram ouvidos César Pires (DEM), Carlos Alberto Milhomem, Alexandre Almeida (PSD) e Rubens Pereira Júnior (PCdoB). “Ninguém apontou uma peça que incrime A, B ou C”, disse o corregedor.
Até a imprensa parece ter jogado o chapéu. Somente eu e o colega Herbett Morais acompanhamos o depoimento do peemedebista na Corregedora.
Stênio saiu da oitiva com cara de pouco amigos. Reclamou bastante do blog. “Você (Décio Sá) está me maltrando, não gosta de mim.”
Sobre a denúncia feita pelos próprios colegas em conversas reservadas, foi sucinto. “Você sabe que isso não é verdade, que sou inocente”. Em relação à revogação do projeto de lei também não quis esticar a conversa: “Não sei, não participei da sessão”.
O advogado do deputado, Ulisses Sousa Martins, explicou que seu cliente depôs como testemunha e respondeu a todas as perguntas, o que foi confirmado pelos corregedores.
Jota Pinto rebateu críticas do colega Manoel Ribeiro (PTB), que foi à Tribuna reclamar da morosidade da investigação (veja post abaixo ou aqui).  “Não sou papagaio de pirata que não pode ver imprensa. Talvez ele (Manoel Ribeiro) não saiba o que estamos fazendo. Estamos trabalhando calados. Cada pessoa é responsável por aquilo que diz, fala ou escreve. Eu só quero é que me deixem trabalhar”, declarou.
O engraçado foi que na saída o pai-de-santo conhecido como “Pai Dudu”, assíduo freqüentador da Assembleia, abordou Stênio, provavelmente acreditando na história do R$ 1,5 milhão,  para cobrar  sua cesta de Natal.
O deputado abraçou o amigo com um sorriso meio amarelo, desconversou e seguiu meio cabisbaixo em direção aos babaçuais do Sítio Rangedor.
blog do décio

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