sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Partidos ameaçam levar desembargadora ao CNJ

É grande a revolta nos meios políticos contra a decisão da desembargadora Anildes Cruz, que suspendeu os trabalhos da CPI dos R$ 73 milhões.
Presidente do TRE, Anildes Cruz
Vários dirigentes partidários estão reunidos neste momento e ameaçam até ajuizar uma representação no CNJ contra a presidente do TRE. Dizem que agora ela está “suspeita” de comandar o processo eleitoral, principalmente em São Luís.
De acordo com os dirigentes, que pediram para ainda não terem seus nomes revelados, a decisão da desembargadora favoreceu diretamente o prefeito João Castelo (PSDB).
Acreditam que a Anildes extrapolou na sentença ao considerar que a CPI não tinha fato determinado. “Isso é uma questão interna corporis da Assembleia, definida em votação, com aval da mesa-diretora e de acordo com o Regimento Interno da Casa”, disse uma fonte.
De acordo com os políticos, ao mesmo tempo em que Anildes nega o fato determinado, ela fala em sua decisão sobre a “celebração, execução e destino dos recursos dos convênios”, o que comprovaria a contradição. Alegam ainda não haver sigilo em contas públicas.
Os dirigentes lembraram até do fato da desembargadora ter chegado ao Tribunal de Justiça com apoio da ex-presidente Etelvina Ribeiro Gonçalves (já aposentada), de quem é muito amiga. Etelvina é prima de Castelo.
Na época, o diretor-geral do Tribunal de Justiça era o hoje procurador-geral do município, Francisco Coelho. Foi o procurador quem ajuizou a ação contra a CPI. A desembargadora acatou praticamente todos os pontos dos argumentos apresentado por ele.

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