terça-feira, 2 de outubro de 2012

Adeus, Lobão: Sarney fecha com Renan


Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Foto José Cruz / Agência Brasil
Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Foto José Cruz / Agência Brasil
Aconteceu o que já era esperado: o senador José Sarney fechou com o colega de parlamento, Renan Calheiros, apoio à sua sucessão na presidência do Senado Federal.
Sarney ensaiou o nome do ministro de Minas e Energia e aliado, Edison Lobão. O Palácio do Planalto deu sinal verde, mas não entrou de fato na disputa.
Na verdade, a presidente Dilma Rousseff quer mesmo desalojar Lobão e o seu PMDB do mais forte ministério. Pretende trocá-lo em janeiro por um técnico.
Astuto, Sarney percebeu a jogada e enxergou lá na frente que Dilma não quer Lobão na presidência do Senado Federal. Deseja um nome mais leve que possa contrapor ao de Renan Calheiros, que é hoje o candidato mais forte para substituir Sarney.
E, por fora, estimulou a criação de uma candidatura alternativa, desde que seja a de um senador da base aliada, com o apoio da oposição.
Aliado de Sarney, Renan Calheiros renunciou à presidência do Senado como estratégia para evitar a cassação do mandato.
Aliado de Sarney, Renan Calheiros renunciou à presidência do Senado como estratégia para evitar a cassação do mandato.
Para garantir a vitória de Calheiros, que renunciou a presidência do Senado por envolvimento em caso nada republicano, o PMDB de Sarney quer manter Lobão no Ministério de Minas e Energia. O mandato de Sarney encerra-se no dia primeiro de fevereiro de 2013.
Se tiver a palavra da presidente que será seu candidato a governador do Maranhão, em 2014, Lobão deixa os anéis para garantir suas impressões digitais no comando do nosso Estado.
Mas aí são outras 500 moedas. Tem que combinar o apoio da governadora, que tem boa avaliação nos 217 municípios maranhenses, e dos eleitores da terrinha. É bom lembrar que Roseana Sarney quer um sucessor com práticas mais ousadas, transparente e saudáveis.

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