Cavalos soltos oferecem perigo nas ruas de Imperatriz

Em um tempo de 40 minutos, o Correio Popular encontrou cinco animais soltos em locais públicos.
Redação

“Se um cavalo desses se assustar e correr pra cima do carro da gente, quem vai ficar com o prejuízo? Eu duvido se o dono aparece e assume as despesas. Também é perigoso alguém de moto ou bicicleta bater em um bicho desses e sofrer problemas sérios”, Rosa Maria, condutora de veículo.

A proprietária de um veículo que trafegava pela Rua 13 de Maio, entre ruas Y e Simplício Moreira, na manhã desta segunda-feira (16), afirma que a cena composta por dois animais em frente à Escola Graça Aranha, Centro, não é difícil de ser encontrada em outros pontos da cidade. A motorista Rosa Maria considera “falta de responsabilidade, tanto de quem deixa os cavalos soltos pelas ruas, quanto de quem deveria retirá-los e aplicar multas pesadas, daquelas que doem no bolso dos donos”.

O artesão Francisco Batista trabalha próximo ao local onde nossa reportagem encontrou os dois animais transitando livremente pelas calçadas e pela rua. “Se passa alguém de moto, por exemplo, se tem algum acidente, o dono do cavalo não aparece para dar nenhuma assistência. Além disso, esses bichos aparecem aqui direto rasgando sacos e comendo lixo na esquina”, diz Francisco. “O carroceiro que tiver seus animais é melhor ter um abrigo pra botar, para evitar acidente, inclusive pode acontecer acidentes graves por causa disso”, alerta Wellington Assunção, companheiro de serviço de Francisco.

O Código de Postura de Imperatriz diz, no capitulo V, que “é proibida a permanência de animais nas vias públicas da zona urbana” e avisa que os bichos que forem encontrados nas ruas, praças, estradas ou caminhos públicos serão recolhidos a um deposito do município. O documento também informa que o prazo para retirada do animal é de no máximo sete dias, mediante pagamento de multa, e caso o animal não seja procurado pelo dono, deverá ser leiloado pelo município. A reclamação da população é quanto ao descumprimento da lei, por parte da prefeitura, como diz a estudante Caroline dos Santos: “Se tem no Código de Postura, que é um documento oficial, que deveria reger a cidade fazendo as leis municipais funcionarem, por que todos os dias a gente vê cavalos no meio da rua? Assim estão descumprindo a lei”..

Em um tempo aproximado de 40 minutos, o Correio Popular encontrou cinco animais soltos em locais públicos. Além da égua e do cavalo que atrapalharam o tráfego na Rua 13 de Maio, outros três foram encontrados comendo grama da Avenida Beira-Rio, passeando pela pracinha próximo á quadra de esportes. Segundo informações de moradores que residem próximo à Avenida Bernardo Sayão, os dois bichos que comiam lixo na calçada da escola haviam vistos cerca de 20 minutos antes da chegada da nossa reportagem parando o trânsito na avenida movimentada.

Coordenador do Centro de Zoonoses de Imperatriz, o veterinário Paulo Henrique disse que o trabalho de fiscalização e recolhimento de animais nas vias públicas da cidade é feito diariamente em horários programados e que são obedecidos os artigos do Código de Postura do município, reafirmando que se até oito dias após as apreensões os proprietários de animais não procurarem o centro, os bichos são doados ou sacrificados. “Hoje nós temos 20 cavalos que foram apreendidos nas ruas de Imperatriz”, acrescentou Paulo Henrique, na manhã de ontem.