segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Briga por cartórios gera denúncia e desmentido sobre trama para matar juíza; veja íntegra de depoimento

A briga por cartórios no Maranhão é o verdadeiro motivo de uma denúncia feita à polícia – e já desmentida – dando conta de uma suposta trama para assassinar a juíza Lucimary Castelo Branco Campos dos Santos (6º Juizado Especial Cível); a tabeliã Ana Carolina Brasil Campos Maciel, a Carol Brasil, do Cartório de São Mateus; e o tabelião substituto do Cartório de Maranhãozinho, Ronaldo Torres.
O triplo assassinato teria sido encomendado ao analista de sistemas Paulo Araújo Ferreira, que revelou a trama à polícia após ser preso por estelionato. Os supostos mandantes seriam a advogada Alice Brito, presidente da Anoreg (Associação dos Notários e Registrados do Maranhão); Luiz de França Belchior Silva Filho, filho do juiz do TRE de mesmo nome e respondendo pelo cartório do 3º Ofício de Notas da Capital; e o também tabelião Fernando Cassionato, segundo informa o blog do colega Itevaldo Júnior.
Alice, Cassionato e Belchior ocupam, nessa ordem, as três primeiras posições no concurso de notários e registradores realizado pelo Tribunal de Justiça. O concurso, alvo de várias denúncias, está suspenso por conta de uma ação ajuizada por Carol Brasil. A filha da juíza Lucimary Castelo Branco, conhecida por Luciana, também foi aprovada no concurso.
Paulo Ferreira receberia R$ 45 mil pelos assassinatos. As vítimas seriam seriam mortas através de um dispositivo eletrônico com explosivos acoplado ao tanque de combustível dos seus carros e acionado por um aparelho celular.
Desmentido
No entanto, em acareação com Alice realizada nesta segunda-feira na sede da Seic (Superintendência de Investigações Criminais), Paulo Ferreira negou a história dos assassinatos. Disse aos delegados Carlos Damasceno, Joviano Furtado, Pedro Menezes e Roberto Larrat ter “mentido sobre este fato e que nunca foi tratada a morte das referidas pessoas nem sendo oferecido dinheiro, sendo a história produto de sua imaginação”.
Para a presidente da Anoreg, aprovada em primeiro lugar no concurso, tudo não passa de “uma armação para tumultuar o certame e evitar que a gente assuma os cartórios”. Alice deve assumir o 2º Cartório de Protesto de Notas cuja arrecadação mensal está estimada em R$ 500 mil.
Denúncia no CNJ
No entanto, Paulo Ferreira confirmou ter sido procurado principalmente por Belchior Filho no sentido de fazer uma denúncia no CNJ contra Lucimary Castelo Branco.
No dia 7 de novembro do ano passado Belchior Filho teria si encontrado com um homem identificado apenas como Caio, Alice, Cassionato e o secretário Alberto Franco (Assuntos Estratégicos) no sentido de discutir o assunto.  Os encontros aconteceram num escritório no Edifício Multiempresarial Centauro e no estacionamento do Shopping do Automóvel.
Neste caso, a denúncia teria a ver mesmo com a disputa por uma vaga no TRE.  Lucimary Castelo Branco chegou a se movimentar em busca da vaga, mas foi abatida em pelo vôo pela representação no CNJ.
Leia a íntegra da acareação ao qual o blog teve acesso com exclusividade e todos detalhes do caso:



Nenhum comentário:

Postar um comentário