Além disso, foram apreendidos nove veículos e produtos eletrônicos e de informática. A PF avalia que nos últimos dois anos as fraudes bancárias pela internet geraram prejuízo de pelo menos R$ 20 milhões. Com as apreensões, a PF estima que as fraudes bancárias pela web sejam reduzidas em mais de 60%.
Entre os veículos apreendidos com a quadrilha estava este Porsche |
Empresas de fachada à serviço do grupo eram usadas para emitir boletos sem a devida contrapartida em relação à prestação de serviços ou venda de produtos para que fossem quitados usando valores desviados das contas invadidas. Também era intensa a atuação da quadrilha na aquisição de mercadorias e serviços usando cartões de crédito fraudados. Além disso, o grupo invadia contas de clientes de empresas aéreas para emitir passagens a terceiros usando os pontos do programa de milhagem das vítimas.
As investigações foram conduzidas pelo Grupo de Repressão a Fraudes Bancárias Eletrônicas – GFEL, da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários - Delefaz, e foram iniciadas em abril de 2010. Por meio do cruzamento de informações, a polícia identificou a quadrilha, liderada por um gaúcho, e seu braço-direito, um paraense.
ParáNo Pará, a PF vinha investigando a quadrilha que era especializada em fraudar contas de empresas privadas e pagar boletos com valores em torno de R$ 15 mil, além de "lavar dinheiro" com empresas de venda de cimento em Marabá. Nesse período, foram identificados programadores, usuários dos vírus e programas maliciosos, "plaqueiros" ou "cartãozeiros" (responsáveis por arregimentar contas bancárias para onde o dinheiro obtido com a fraude era enviado), bem como o envolvimento criminoso de um policial militar. A investigação foi realizada pelo Grupo de Combate a Fraudes Eletrônicas Bancárias da Superintendência Regional da PF no Pará, criado há pouco mais de um ano.
As investigações fazem parte do Projeto Tentáculos da PF, uma parceria entre a Caixa Econômica Federal e o Ministério Público Federal, com a utilização de um software desenvolvido para investigar fraudes realizadas contra o banco. Outra parceria com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) já foi firmada e, em breve, a PF estará recebendo informações sobre crimes praticados contra as demais instituições do sistema bancário nacional.
fredericoluiz.com
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