Empresa acusa governo Flávio Dino de calote na saúde
Um
comunicado emitido pelo Instituto Gerir revelou que o governo Flávio
Dino deu um calote milionário na empresa. Segundo o Gerir, o governo
ficou devendo R$ 63 milhões.
“A Secretaria da Saúde
descumpriu o contrato ao não pagar o Instituto Gerir. O calote é de R$
63 milhões. Os valores são referentes às dívidas com o Instituto Gerir
na administração dos 3 hospitais”, diz um trecho do comunicado da empresa.
O
Instituto Gerir administrava de três hospitais, entre eles o Hospital
Carlos Macieira, que agora passou a ser controlado pelo Instituto Acqua.
O governo suspendeu o contrato e não pagou a empresa.
ABAIXO A ÍNTEGRA DO COMUNICADO DA EMPRESA:
Sobre
a suspensão dos contratos de administração do Hospital Carlos Macieira,
do Hospital de Trauma e Ortopedia e do Hospital Macrorregional Dra.
Ruth Noleto, feitas abritrariamente pela Secretaria de Estado de Saúde
do Maranhão, o Instituto Gerir esclarece que:
1 – A
Secretária da Saúde mente e tenta tapar o sol com a peneira ao
transferir suas responsabilidades. Os principais prejudicados por isso
são, como sempre, os cidadãos maranhenses;
2 – A
Secretaria da Saúde descumpriu o contrato ao não pagar o Instituto
Gerir. O calote é de R$ 63 milhões. Os valores são referentes às dívidas
com o Instituto Gerir na administração dos 3 hospitais;
3
– A Secretaria da Saúde foi notificada por diversas vezes para pagar
essa dívida. Esses documentos seguem no anexo. Nunca pagou e, por fim,
para fugir do pagamento, decidiu suspender o contrato;
4 – O calote de R$ 63 milhões será cobrado judicialmente;
5
– Toda a prestação de contas da administração dos hospitais era feita
periodicamente. Jamais houve qualquer tipo de notificação oficial que
demonstrasse o contrário. Jamais foi feita qualquer comunicação por
parte da secretaria cobrando outro tipo de esclarecimento além dos
previstos contratualmente e que eram prestados pelo Gerir;
6
– O calote implicou também nos atrasos ao pagamento de prestadores de
serviço e fornecedores dos hospitais administrados pelo Gerir;
7 – A suspensão do contrato, portanto, se deu de maneira arbitrária com a única finalidade fugir do pagamento da dívida;
8
– Como tem sido noticiado pela imprensa maranhense, em toda a saúde do
Estado faltam remédios, leitos e servidores. Esse tipo de caso,
infelizmente, tem se tornado cada vez mais constante – e nenhuma dessas
denúncias partiu do Instituto Gerir;
9 – O calote e a
suspensão ilegal do contrato com o Gerir não são as únicas decisões
abritrárias tomadas pelo atual secretário de Saúde, Carlos Lula. O mesmo
secretário acaba de escolher outras Organizações Sociais para assumir a
gestão dos hospitais sem licitação ou qualquer tipo de concorrência,
como manda a lei.
10 – Essas medidas, todas flagrantemente ilegais, estão sendo questionadas judicialmente;
11
– Por fim, lamentamos que a gestão da Saúde do Maranhão ainda esteja
sob responsabilidade de uma pessoa investigada pela Polícia Federal por
suspeitas gravíssimas, como é de conhecimento público.