sábado, 26 de outubro de 2013

Interventor reunirá com garimpeiros

O interventor da Cooperativa de Mineradores e Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp), Marcos Alexandre Mendes deve se reunir ainda nesta semana com os garimpeiros que estão na área para explicar detalhes do processo judicial que culminou com o afastamento da direção da entidade. 
Alexandre informou ontem, por telefone, que desde que assumiu, na última sexta-feira, tem conversado com cooperados. O levantamento de documentos também já começou, mas ainda não é possível dizer se os seis meses decretados inicialmente pela Justiça para a intervenção serão suficientes para concluir este trabalho.
A intervenção na Coomigasp foi determinada pelo juiz de Curionópolis, Danilo Alves Fernandes, na última sexta-feira. A decisão atendeu a ação civil pública impetrada pelo Ministério Público do Estado. 
Tempo
Alexandre deverá ficar no comando da entidade por um período mínimo de seis meses. Nesse tempo, terá como missão prioritária a análise de contratos firmados pela cooperativa com empresas.
Outras tarefas são a depuração do cadastro de cooperados que hoje conta com 40 mil nomes e o levantamento das dívidas. Só com as trabalhistas, o débito somaria R$ 17 milhões.
Alexandre é administrador, mineiro e foi escolhido em uma lista com outros três nomes enviada pelo Ministério Público à Justiça. Durante o período de intervenção, receberá remuneração mensal de R$ 9 mil e terá escolta policial, já que o clima na área é tenso com a constante disputa entre grupos rivais que tentam manter o controle da cooperativa.
Ao final da intervenção, deverá ser convocada nova eleição para eleger os próximos dirigentes da Coomigasp que, a partir de agora, não poderá administrar mais que 2% das receitas do garimpo. Os 98% terão que ser repassados diretamente aos cooperados.
Além da ação civil pública que resultou na intervenção também tramita na Justiça uma ação criminal para apurar desvio de dinheiro da Coomigasp. Essa ação está sob segredo de Justiça. O DIÁRIO procurou ex dirigentes da cooperativa, mas eles não responderam às chamadas da redação.
(Diário do Pará)

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