quarta-feira, 27 de junho de 2012

Quem pode pode: Mulher de Cachoeira gastou R$ 500 mil para decorar casa, diz arquiteto


Agência Brasil
Arquiteto da mulher de Cachoeira depõe à CPI sobre reforma da casa que foi de Perillo

Imóvel onde Cachoeira foi preso pertenceu ao governador de Goiás, Marconi Perillo.


Alexandre Milhomen, arquiteto da mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça, disse nesta terça-feira em depoimento à CPI que ela gastou cerca de R$ 500 mil na decoração da casa em que morava com o bicheiro. A venda do imóvel, que pertencia ao governador de Goiás, Marconi Perillo, vem sendo questionado por parlamentares da comissão porque há suspeita de que, na verdade, o negócio foi feito com Carlos Cachoeira e isso provaria o elo dele com o tucano.
“Foi mais de 500 mil (reais). Cada um investe no que pode”, respondeu o arquiteto ao ser questionado na CPI. Segundo ele, o investimento não foi estrutural, apenas de decoração. “Foi feita uma pintura externa, mudança no jardim, no papel de parede, compra de móveis”.

AE
Andressa Mendonça, mulher de Cachoeira
Milhomen disse que não sabia que a casa em que fez um projeto de decoração interna tinha pertencido a Perillo e afirmou que foi contratado por Andressa para fazer inicialmente um projeto de decoração de uma casa para o casal. Mas, depois, segundo o arquiteto, o casal desistiu de tocar a construção da casa. Ele disse que já tinha até feito projetos arquitetônico e recebido cinco parcelas de R$ 10 mil pelo serviço. Foi aí que Andressa pediu-lhe para fazer um projeto de decoração provisória de uma outra casa, a de Perillo.

"Nem considero reforma, no termo arquitetonicamente falando, porque eu apenas fiz uma decoração interna", afirmou. Segundo ele, a casa estava vazia, tendo apenas armários planejados. Ele disse ter trabalhado em vários serviços, como pintura externa, modificação de jardim, papel de parede e uma peça de iluminação.

Único dos três depoentes desta terça-feira que resolveu falar, Milhomen disse que é um pai de família. "Sou um sobrevivente do Brasil porque eu vim do Nordeste com 14 anos e sou um trabalhador", afirmou ele, que no início do depoimento declarou que não via motivo da sua participação na CPI.
O depoimento de Milhomen também se transformou numa discussão entre deputados e senadores sobre o suposto direcionamento das investigações da CPI pelo relator, deputado Odair Cunha (PT-MG). Os tucanos o acusam de estar atuando para desgastar Perillo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário