segunda-feira, 11 de março de 2013

'Mizael está tranquilo e confiante e vai provar sua inocência', diz advogado


Marina Novaes
Direto de Guarulhos
O advogado e policial militar reformado Mizael Bispo de Souza, 43 anos, chegou por volta das 8h30 desta segunda-feira para o julgamento do caso Mércia no Fórum Criminal de Guarulhos (Grande São Paulo). Ele é acusado de matar a ex-namorada, a advogada Mércia Nakashima, 28 anos, em 2010. Para Ivon Ribeiro, um dos três defensores de Mizael, "o réu está tranquilo e confiante e vai provar sua inocência”, afirmou.
Segundo Ribeiro, Mizael, como é advogado, pode atuar em causa própria, fazendo perguntas às testemunhas, mas a princípio não tem nada planejado. "Não precisamos trazer nenhum fato novo porque temos o processo com as provas técnicas que demonstram de forma cabal que Mizael não estava na cena do crime", garantiu.
O defensor falou antes do início do julgamento de hoje que o acusado de ser cúmplice no crime, Evandro Bezerra Silva, 41 anos, foi torturado pra falar e acredita também na sua inocência. "Não dá pra acreditar nele porque mudou de versão várias vezes", explicou Ribeiro. Evandro era vigilante de um posto de combustível em Guarulhos e fazia "bicos" como segurança a serviço de Mizael. Ele teria ajudado o policial militar reformado a fugir do local do crime, e foi buscá-lo na noite do assassinato em uma estrada próxima à represa onde Mércia foi morta. “A polícia de SP é a pior instituição do Estado. De uma hora pra outra querem fazer da polícia santa”, acusou Ribeiro.
O advogado também fez críticas ao Ministério Público. “Que alquimia é essa que estão fazendo para fazer do Mizael réu? Quer dizer, só tem tu, vai tu mesmo", questionou. “Esse processo foi virado de cabeça pra baixo. Não tendo mais o que falar, mudaram o horário do crime pra incriminá-lo”, completou.
O irmão de Mércia, Márcio Nakashima,chegou por volta das 9h50 ao Fórum e chorou antes do início dos trabalhos. Ele vai ser uma das testemunhas de acusação. “Estou muito nervoso, só querendo que a Justiça seja feita”, revelou. O pai, Makoto, também foi taxativo. "Quero que a Justiça seja feita, quero condenação do Mizael", pediu.
(Terra)

Nenhum comentário:

Postar um comentário