sexta-feira, 20 de abril de 2012

Assessores do TJ acusados de extorsão já foram soltos


Foram soltos na madrugada desta sexta-feira os advogados e assessores do Tribunal de Justiça Marco Túlio Cavalcante Dominici, Francisco Reginaldo Duarte Barros, presos ontem à tarde tentando extorquir R$ 800 mil do empresáraio Savigny Sauaia.
Marco Túlio e Reginaldo presos por concussão
Eles pagaram cerca de R$ 6 ml de fiança e foram liberados pelo juiz de plantão do Fórum da capital. Os assessores estavam com o processo original que trata do espólio da família Sauaia.
O processo foi julgado mês passado desfavorável a Savigny pela segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça formada pelos desembargadores Raimundo Cutrim (relator), Nelma Sarney (revisora) e Marcelo Carvalho. Cutrim era o relator do caso. Reinaldo era asessor dele e Marco Túlio da presidência. Até hoje a decisão não foi publicada no site do tribunal.
Marco Túlio é também presidente da Associação dos Criadores do Maranhão (Ascem), entidade que organiza a Expoema. Francisco Reginaldo Barros, mais conhecido por Regis, já foi denunciado no tribunal por manipulação de processo alguns anos atrás.
Na época ele era coordenador da distribuição. A denúncia contra ele foi feita pelo desembargador Stélio Muniz. Foi aberto um processo administrativo e Regis foi absolvido das acusações.
Segundo o superitendente da Seic (Superintendência Estadual de Investigação Criminal), delegado Augusto Barros, os assessores cobraram R$ 800 mil do empresário para fornecer os autos. Com o processo, Savigny faria o que quisesse, inclusive poderia tocar fogo. O objetivo era dificultar o cumprimento da sentença contra o empresário.
De acordo com o delegado não há, em princípio, participação de desembargadores no esquema. Na verdade, são dois assessores querendo levar vantagens por conta do acesso a processos.
Até agora o Tribunal de Justiça não se posicionou oficialmente sobre o caso.

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