O deputado Bira do Pindaré (PT) subiu à tribuna da Assembleia Legislativa do Maranhão, na manhã desta terça-feira (17), para agradecer o apoio da militância do PT e da resistência petista no processo de prévias do partido.
O parlamentar agradeceu os militantes e os 97 delegados que tiveram consciência política/ideológica e votaram na candidatura de Bira para representar o PT nas eleições municipais deste ano. De acordo com o petista o importante foi manter a fidelidade do grupo e conquistar mais um voto do outro campo. Eram esperados 96 votos para a Resistência Petista e 124 para o vice-governador Washington Oliveira.
O massacre de votos anunciado pelos correligionários de Washington e pela imprensa da oligarquia não ocorreu. “A montanha pariu um rato, pois o massacre não aconteceu. Tive 44% dos votos e mantivemos a fidelidade do nosso grupo agora no encontro de delegados. A montanha pariu um rato e mais uma vez mostrou que nem sempre é o dinheiro ou as estruturas que decidem a consciência e a posição das pessoas”, desabafou Bira.
O enfrentamento foi feito no campo da política e o saldo para a Resistência Petista é extremamente positivo. A militância que apoiava o Deputado saiu do encontro de tática carregando-o e cantando a oração latina de César Teixeira, em sinal claro de vitória e permanência na luta.
“Nós somos vitoriosos, vencemos a barreira do medo, vencemos a barreira da covardia, vencemos a barreira da subserviência, vencemos tudo isso e estamos mais vivos do que nunca, mais convictos do que nunca. Portanto, para nós não há derrota, para nós só há vitórias”, comemorou.
Escolha de Washington
Com relação ao pré-candidato que foi escolhido pela oligarquia Sarney e confirmado no encontro de domingo, o Deputado revelou que até o momento não foi procurado e não acredita em uma aproximação por parte do vice-governador Washington Oliveira. Bira afirmou que a fala do candidato da oligarquia não condiz com uma postura de agregação e aproximação das tendências do PT.
Durante o encontro de táticas, na frente de um auditório repleto de militantes, e das câmeras de TV, o vice-governador acusou, de maneira irresponsável e leviana, o Deputado de ter uma aliança com o PSDB. Ele ainda atribuiu a Bira a responsabilidade sobre os 18 salários recebidos pelos parlamentares maranhenses.
“Nós fomos vítimas de um ataque com base em dois argumentos absolutamente infundados. O Primeiro deles é a cantilena, a repetição, ao estilo dos fascistas, ao estilo de Hitler que seguia a risca o conselho dos seus marqueteiros, de que nós temos uma aliança com o PSDB aqui em São Luís do Maranhão”, argumentou Bira, contra o primeiro devaneio do vice-governador.
Ele destacou seu posicionamento político em não defender o patrimonialismo da oligarquia e o neoliberalismo dos tucanos. Fato confirmado pelo apoio de Bira e seu grupo as campanhas de Flávio Dino em 2008 e 2010.
Outra acusação leviana de Washington foi a tentativa desmiolada de atribuir a responsabilidade dos 18 salários recebidos pelos legisladores maranhenses a Bira. O vice-governador fez uma acusação mentirosa e descabida, pois, quando assumiu na Câmara Federal ele recebeu 15 salários anuais sem nunca reclamar. A incoerência é grosseira, pois Bira é parlamentar de primeiro mandato e não participou da decisão.
Bira destacou que atua na militância política há mais de 20 anos e nunca precisou de cargo ou dinheiro para cumprir suas atividades. “Eu que sou deputado de primeiro mandato, eu que não votei nesta lei, não estava aqui, isso é de legislaturas passadas, eu que defendi claramente a redução de 18 para 13 salários, eu que inclusive já entrei com Requerimento nessa Casa pedindo que ela me informe qual é o procedimento de devolver esses recursos, porque tenho uma concepção e não vou me intimidar”.
No final do pronunciamento o petista reafirmou a continuidade da luta e a certeza de que a vitória está próxima. “Todos os impérios ruíram na história da humanidade. Aqui no Maranhão, não será diferente. Vai ser do mesmo jeito. E é por isso que nós vamos seguir o nosso caminho, como eu sempre digo, com a bravura de quem não foge à luta e a ternura de que aprendeu a sonhar”, concluiu Bira.
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