A capital maranhense pode ter a primeira greve geral de ônibus de 2014 até o fim desta semana. De acordo com o presidente do sindicato dos trabalhadores em transporte rodoviário do Maranhão, Gilson Coimbra, a negociação com o sindicato patronal não teve ainda um desfecho minimamente favorável aos trabalhadores e, por isso, já é cogitada uma paralisação geral da categoria dia 1º de maio (quinta-feira), no feriado de dia do trabalho.
A decisão pela greve depende somente de uma reunião no Ministério Público do Trabalho (MPT) que ocorre na tarde desta segunda-feira (28). O MPT convocou a reunião na sexta-feira (25) para mediar mais uma rodada de negociações entre os dois sindicatos para evitar a paralisação.
Rodoviários pedem um reajuste de 16%, a inclusão de um dependente no plano de saúde, aumento no tíquete-alimentação de R$ 365,00 para R$ 500,00 e redução na jornada de trabalho de 7h20 para 6h diárias. Os empresários alegam que não podem atender a nenhuma das reivindicações.
Caso o MPT obrigue o Sindicatos das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET) a dar o reajuste exigido pelos rodoviários, os salários de motoristas passariam de R$1.298 para R$ 1.504 e dos cobradores aumentaria de R$ 759 para R$ 880.
Em nota enviada a imprensa no início do mês, o SET alegou total impossibilidade de atender aos pedidos dos trabalhadores. O sindicato classifica o sisstema como “falido”.
Abaixo a íntegra da nota:
O Presidente do SET -Sindicato das Empresas de Transportes Coletivos de São Luís, José Luís Medeiros, anunciou a total impossibilidade de continuar as negociações com a categoria dos rodoviários, uma vez que todas as reivindicações da categoria trazem impactos econômicos para um sistema já falido.
Segundo anunciou o presidente do SET na última reunião com os Rodoviários na tarde da terça-feira (08.04), é essencial e urgente que a Prefeitura intervenha nesse impasse e sinalize medidas emergenciais para evitar o caos ainda maior, no atual sistema de transportes coletivos da capital maranhense.
Uma recente Auditoria da Prefeitura fiscalizou o sistema de transportes e as empresas que atuam no mesmo, chegando a números alarmantes e que demonstram oficialmente o déficit acumulado há mais de seis anos e que inviabiliza a continuidade da operação do transporte nas condições atuais da séria crise do setor.
“Lamentamos chegar a esse impasse. Já informamos oficialmente às autoridades, e agora em respeito aos rodoviários e à população, conclamamos a Prefeitura a participar desse debate, sinalizando medidas que possam reverter o agravamento dessa crise. Os empresários estão de mãos atadas e sem condições de avançar nesta negociação ” declarou o Presidente do SET.
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