O empresário dono da Construtora Franere, Marcos Regadas, o Marcão, entrou com pedido de adiamento da audiência que estava marcada para hoje, dia 22, no Fórum de São Luís, em que ele ia ficar cara a cara com o empresário José Raimundo Sales Chaves Júnior, o “Júnior Bolinha” – acusado de ter intermediado a contratação do pistoleiro que matou o jornalista-blogueiro Décio Sá.
O pedido de Marcão foi deferido pelo juiz titular da 6ª Vara Criminal da Comarca de São Luis, Luís Carlos Dutra dos Santos, que redesignou a audiência só para o dia 16 de março.
A finalidade da audiência é saber se “Bolinha” manterá as acusações feitas contra o dono da Franere em uma carta enviada no dia 20 de fevereiro de 2013, ao então secretário de Segurança Pública do Maranhão, Aluísio Mendes, e que foi publicada pelos blogueiros Luis Pablo, Luis Cardoso, Marco D’Eça e Neto Ferreira, que foram processados pelo empreiteiro.
É de se estranhar o pedido de adiamento do empresário Marcos Regadas – que diz não ter nenhum envolvimento na morte de Décio Sá.
Ao invés de por um fim nas suspeitas que recai sobre ele, o construtor parece querer ganhar tempo. Agora tempo para quer? Afinal, quem não deve não teme.
O atual secretário de Segurança, delegado Jefferson Portela, deveria reabrir o caso e usar sua experiência para tirar a limpo todas as dúvidas sobre a participação de outros suspeitos no crime. Do contrário, todos os jornalistas-blogueiros que estão enfrentando esse duro processo contra o empreiteiro possam ter o mesmo fim que levou o amigo Décio Sá: a morte.
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