Laudo revela: Sandes morreu com pancada na cabeça

Comoção, dor e revolta no velório e enterro do empresário Sandes Emanoel Queiroz, 26 anos, corpo encontrado na manhã de terça-feira (22) em Dom Elizeu. O corpo deu entrada no IML de Imperatriz às 21h30min da terça-feira. O médico legista Anatole Borges escreveu, no laudo cadavérico, que a vítima teve traumatismo crânio-encefálico, mas devido o avançado estado de decomposição, não foi possível detectar qual o objeto causador do trauma, diferente do que informado anteriormente quando se presumia que o Sandes tinha sido assassinado por arma de fogo.

O Delegado Regional de Polícia Civil, Assis Ramos, informou ontem que o crime está sendo investigado pelas policiais civis do Pará e Maranhão, através dos delegados José Alves, de Dom Elizeu, e Assis Ramos e Artur Bardal, no Maranhão.

Assis Ramos confirmou não ter elementos suficientes para apontar o culpado, nem tampouco para pedir a prisão preventiva de Francisco Oliveira, o vendedor de carros de que Sandes havia comprado uma BMW e também visto como a última companhia do rapaz antes do desaparecimento na sexta-feira da semana passada. O delegado Regional de Polícia admitiu existir varias fotos e vídeos de Sandes com Chiquinho, em vários locais, e que a filmagem de Sandes no Bradesco, momentos antes de desaparecer, já foi solicitado.

Em outra parte da entrevista o delegado revelou que Sandes tinha negócios financeiros com dezenas de pessoas.

O corpo de Sandes foi velado até as 10h da manhã de ontem (23) na Igreja Santa Tereza D’ávila, onde aconteceu um missa de corpo presente. Dois amigos e o irmão, Sandro, fizeram discursos de despedidas. Junior, colega de Sandes no clube de motoqueiros, comoveu quando testemunhou que “passaria dias falando de meu amigo sem que nada dissesse contra ele”. Eraldo lembrou das tatuagens no corpo de Sandes e destacou que a imagem gravada de Cristo foi a que ajudou a identificá-lo, porque era a prova que ele era uma pessoa do bem”. Sandro, irmão, não conseguiu falar mais do que o suficiente para pedir “desculpas por não ter ajudado a salvá-lo”.

O funeral seguiu pelas principais ruas do centro. O grupo de motoqueiros do qual Sandes participava acompanhou o cortejo até o Cemitério Particular Jardim das Rosas, no Parque Alvorada, onde foram feitas as últimas homenagens.
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