sexta-feira, 2 de março de 2012

Dentistas se formaram fraudando notas no Uniceuma



Guru chegando a Seic proveniente de Chapadinha onde estava trabalhando com os pais
Pelo menos dez estudantes do Curso de Odontologia do Uniceuma se formaram nos últimos anos comprando notas no esquema de fraude na universidade que está sendo investigado pela polícia. A informação é do delegado Breno Galdino, que preside o inquérito. Foi justamente no Curso de Odontologia onde aconteceu a maior parte da falsificação. Os odontólogos devem ter seus diplomas cassados. Pelo menos é isso que se espera da direção do Uniceuma.
Entidades como a OAB e Conselho Regional de Odontologia já solicitaram à polícia o nome dos envolvidos. A informação só será repassada aos interessados ao final da investigação. Primeiro, a polícia vai fornecer ao próprio Uniceuma, que solicitou a investigação, a lista com todos os alunos beneficiados no esquema.
Os dois principais suspeitos de comandar a fraude, Leônidas Gabriel Ferreira Azevedo e Heitor Araújo Gomes, o Guru, deram depoimentos contraditórios, apesar de terem confessado os crimes. Eles afirmaram terem tentado invadir o sistema da Faculdade Pitágoras, sem sucesso. A fraude aconteceu durante um ano.
Heitor disse que Leônidas, além de ajudá-lo a invadir o sistema do Uniceuma, também captava clientes, no caso estudantes, para o esquema. Guru disse ter emprestado R$ 30 mil ao parceiro, mas este alegou ter recebido apenas R$ 9 mil. Leônidas, estudante de Informática do Pitágoras, negou as informações.
O primeiro disse ainda que dividia todo o lucro igualmente com o segundo. Leônidas afirmou que recebia sua parte do lucro da fraude “eventualmente. Por conta desse festival de contradições, Leônidas teve de prestar um novo depoimento nesta sexta-feira (2), após a inquirição de Guru. A polícia vai pedir a quebra do sigilo bancário e fiscal dos envolvidos.
Guru sendo levado para prestar depoimento. Ele confessou tudo, mas contradisse parceiro
Outra informação que não bate: os fraudadores disseram em seus depoimentos que cobravam entre R$ 300 a R$ 600 por nota modificada. No entanto, vários benefeciários da fradude já contaram ao blog que pagavam entre R$ 1,5 mil e R$ 1,7 mil. Cheguei a publicar a conversa de um dos intermediários do esquema no Facebook cobrando R$ 3,5 mil pela mudança de uma nota do Curso de Medicina (reveja).
Breno Galdino disse que os intermediários, cujos nomes não foram revelados, também serão indiciados pelos crimes de formação de quadrilha e estelionato. Entre eles, existem filhos de vários figurões do estado.
(Com informações da TV Mirante).

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