quinta-feira, 29 de março de 2012

Palmeiras vence Paulista e vai à vice-liderança


Foto: Agência Estado
SÃO PAULO - A novela terminou nesta quarta-feira. Foram dois meses de idas e vindas, conversas com investidores e muita expectativa: Wesley, finalmente, fez sua estreia pelo Palmeiras. E o final da história foi feliz para a torcida. Sem ritmo e desentrosado com o restante dos companheiros, o reforço mostrou pouco. Ainda assim, o Verdão pressionou e foi premiado com a vitória sobre o Paulista, por 1 a 0, no Estádio Jayme Cintra, pelo Paulistão.
Entregue à marcação e sem entender o esquema com o camisa 87 em campo, o Palmeiras jogou mal. Muito pouco para um time que prometia empenho e jurava não ter se abalado com a derrota para o rival Corinthians – que encerrou sequência de 22 jogos invicto. Ainda assim, nada como um resultado positivo para reatar a relação de amor com a torcida e devolver a confiança para o restante da competição.
João Vitor, justamente quem cedeu vaga no time titular para Wesley, entrou no segundo tempo decidiu: já no fim da partida, chutou de longe e marcou – com direito a toque na trave.
O Palmeiras volta a campo no próximo sábado, às 18h30, quando recebe o Mirassol, no Pacaembu, também pelo Paulistão. No mesmo horário, o Paulista enfrenta o Mogi Mirim, no Romildo Ferreira, em Mogi.
Verdão de cara nova, mas sem empolgar...
O técnico Luiz Felipe Scolari preparou mais uma de suas surpresas para a partida. A escalação do Verdão foi bem diferente da que vinha atuando nas últimas partidas: além de Wesley, Vinícius foi novidade ao lado de Barcos no ataque. Com virose, Maikon Leite e Leandro Amaro foram desfalques e a zaga escalada foi toda reserva, com Román e Maurício Ramos.
Apesar das várias caras novas em campo, o primeiro tempo demorou a engrenar. E o Palmeiras, demorou a jogar. Bem marcado, o Verdão errava muitos passes e as melhores chances foram do Paulista. Aos pouquinhos, o Galo foi se aproximando da área alviverde e o lateral-esquerdo Reinaldo foi destaque. Aos 12 minutos, o camisa 6 invadiu e chutou forte da entrada da área – obrigando Deola a fazer grande defesa.
Wesley começou nervoso. Em seu primeiro lance, levou um drible da vaca e demorou algum tempo até encontrar seu lugar em campo no esquema montado por Felipão. Com liberdade e aparecendo bem na frente pelos lados do campo, no entanto, o estreante quase marcou. Após boa tabela com Valdivia, chutou fraco para a defesa de Vagner. Disposição não faltou, mas a falta de ritmo após dois meses parado era evidente.
Faltava criação ao Verdão. Anulado na marcação de Madson, Valdivia só aparecia nas faltas cavadas. Com Wesley, Marcos Assunção também jogou mais recuado, ao lado de Márcio Araújo e tentou dar mais proteção à atrapalhada zaga reserva. Em vão. Não foram poucos os sustos para o goleiro Deola, que trabalhou dobrado. Irritado, Felipão gritou muito à beira do campo e, assim como a torcida alviverde (em bom número no Jayme Cintra), não gostou nada do que viu.
Segundo tempo sem graça. Até aparecer João Vítor...
O treinador do Verdão, que hesitava em colocar dois meias em campo, resolveu arriscar na segunda etapa. Sacou Vinicius, colocou Daniel Carvalho e montou a equipe com três meias. Se isso não corrigisse os problemas de armação, nada mais resolveria para “acordar” o Palmeiras. E o jogo parecia virar: na segunda etapa, era o time visitante quem assustava. Aos cinco minutos, Daniel Carvalho arriscou de fora e quase surpreendeu.
Não demorou muito e o ímpeto do Verdão diminuiu, o nível do jogo caiu e a morosidade da primeira etapa voltou. Os gringos do Palmeiras não estavam bem. Se Valdivia seguia nulo em campo, Barcos também pouco aparecia e teve uma de suas atuações mais apagadas com a camisa alviverde. Na segunda etapa, perdeu gols que não costuma perder e parou no goleiro Vagner.
Román ainda protagonizou lance incrível e quase abriu o placar.Aos 13 minutos, Barcos cabeceou para dentro da área, o paraguaio pegou a sobra e tocou de casquinha. A torcida toda gritou gol, o bandeira correu para o meio do campo, mas a bola passou tirando tinta da trave e não entrou.
Felipão decidiu mexer novamente. Desentrosado com tantas mudanças, o time não se entendeu com Wesley e o estreante deixou o gramado, aos 16 minutos. João Vitor entrou, Valdivia saiu e o Palmeiras retornou à sua formação tradicional. A alteração deu resultado. O Verdão passou a pressionar mais, principalmente nas bolas cruzadas para a área.
Apesar do maior volume de jogo, a partida caminhava para a igualdade quando João Vitor, aos 42 minutos, fez boa jogada individual e arriscou chute de fora da área, com categoria. A bola tocou na trave esquerda e morreu no fundo do gol. Antes do apito final, Deola ainda teve um pouco de trabalho para conter a última investida do Paulista, mas nada que assustasse o torcedor alviverde.

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