segunda-feira, 30 de abril de 2012

ABI e deputado Chiquinho Escórcio exigem Polícia Federal na investigação da morte de Décio


Por ABI
Décio Sá foi executado com cinco tiros em um restaurante na Av. Litorânea.
Décio Sá foi executado com cinco tiros em um restaurante na Av. Litorânea.
A Associação Brasileira de Imprensa expressou nesta terça-feira, 24 de abril, sua “extremada indignação” diante do assassinato do jornalista Décio Sá, morto com seis tiros na noite de segunda-feira em São Luís do Maranhão. A ABI fez um apelo à Presidente Dilma Rousseff e ao Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo para que determinem à Polícia Federal que, sem sacrifício da autonomia do Estado do Maranhão, acompanhe as investigações, para identificação e responsabilização penal dos criminosos. A declaração da ABI tem o seguinte teor:
“É com extremada indignação que a Associação Brasileira de Imprensa recebeu a notícia do assassinato do jornalista Décio Sá, abatido com seis tiros de arma de calibre 40 na noite de segunda-feira, 23 de abril, em São Luís do Maranhão, depois de encerrar sua jornada de trabalho no jornal “O Estado do Maranhão”. Décio Sá, de 42 anos, pai de um menino de oito anos, fazia um jornalismo combativo e esse foi por certo o motivo de sua eliminação por sicários a serviço dos denunciados por suas reportagens e suas opiniões.
Entristecida com esse episódio, que fere de forma grave e intolerável a liberdade de expressão e a liberdade do exercício da profissão de jornalista, a ABI considera a morte de Décio Sá uma resultante da passividade do Poder Público na apuração de crimes contra jornalistas em diferentes pontos do País. Em pouco mais de um ano, foram assassinados outros quatro profissionais que faziam um jornalismo independente: Mário Randolpho Marques Lopes, abatido em 9 de fevereiro no Município de Barra do Piraí, no Estado do Rio de Janeiro; Luciano Pedrosa, morto em 9 de abril em Vitória de Santo Antão, Pernambuco; Ednaldo Figueira, assasinado em 15 de julho no Município de Serra do Mel, no Rio Grande do Norte, e Valério Nascimento, morto em 3 de maio no Município de Rio Claro, também no Estado do Rio. Apesar dos protestos e das exigências de entidades de jornalistas, entre as quais a ABI, não há notícia de que os autores desses crimes tenham sido identificados e responsabilizados penalmente.
Considera a ABI que, sem sacrifício da autonomia do Estado do Maranhão, a Polícia Federal deve proceder ao acompanhamento das investigações para identificação dos matadores de Décio Sá, pois a impunidade desses criminosos constituirá estímulo a novos crimes contra jornalistas. Com esse fim a ABI dirige um apelo à Presidente Dilma Rousseff e ao Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, para que determinem à Polícia Federal que não permaneça indiferente diante de tal brutalidade, que constitui grave lesão à liberdade de expressão assegurada pela Constituição.
Rio de Janeiro, 24 de abril de 2012.
Maurício Azêdo, Presidente.”
deputado Chiquinho Escórcio
deputado Chiquinho Escórcio
Já o  deputado federal Chiquinho Escórcio enviou ofício ao Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, solicitando a formulação de pedido ao Superior Tribunal de Justiça visando a federalização da investigação e do julgamento de todos os envolvidos no assassinato do jornalista Décio Sá.
O documento foi protocolado em Brasília nesta segunda-feira (30) e ressalta a violência empregada no assassinato do jornalista, morto com cinco tiros na segunda-feira (23) em um restaurante na Avenida Litorânea.
O caso repercurtiu até na imprensa internacional. O deputado ainda menciona em seu documento que o presidente da OAB Nacional, Ophir Cavalcante, também manifestou a necessidade de se aplicar rigor nas investigações.

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