domingo, 22 de abril de 2012

Com show de Neymar, Santos vence Mogi e está na semi


Foto: Agência Reuters
SANTOS - Ao todo, foram sete faltas em cima de Neymar. O recurso encontrado pelo Mogi Mirim na tentativa de parar o craque se mostrou mais do que improdutivo. Usando de intimidação com palavras e pancadas dentro de campo, o Sapão pensou ser possível segurar o craque. Na verdade, isso só aumentou a vontade do camisa 11.
Com uma bela assistência para Maranhão e um golaço na segunda etapa, fazendo fila na defesa adversária e empatando na artilharia com Hernane (agora, cada um tem 13 gols, mas o atacante do Sapão está eliminado), o craque comandou a vitória por 2 a 0 sobre o Mogi Mirim, na Vila Belmiro, e garantiu o Alvinegro Praiano nas semifinais do Paulistão, contra o São Paulo.
Surpresas e Neymar endiabrado
A torcida do Santos levou um susto quando o placar eletrônico da Vila Belmiro anunciou Maranhão, Ibson e Alan Kardec entre os titulares. O trio substituiu, respectivamente, Henrique, lesionado, Elano e Borges, barrados por Muricy.
Já no aquecimento Neymar mostrou que estava endiabrado. O craque fez malabarismo com a bola, além de driblar companheiros e membros da comissão técnica. Quando o apito inicial soou, começou o pesadelo dos defensores do Mogi.
Primeiro, um chapéu de carretilha em Roni, drible que o craque já treinava em peladas com os amigos. Logo após a jogada, Neymar virou-se para as cadeiras e pediu para a torcida se levantar: queria a atenção de todos durante seu show particular.
Edson Ratinho, lateral-direito do Mogi e adversário direto do atacante, tentou intimidá-lo com palavras. Em vão, já que o atleta fez questão de driblá-lo em seguida, forçando cartão amarelo, e discutir com o adversário.
- Ele fala muito e eu não falo, jogo - afirmou o astro santista, na saída para o intervalo.
Envolvente, o Santos dominava totalmente a primeira etapa. Alan Kardec e o próprio Neymar tiveram boas chances antes dos 20 minutos, mas não converteram. Até que, aos 22 minutos, o camisa 11 mostrou visão de jogo privilegiada: na esquerda, ele levantou a cabeça e viu Maranhão, com os braços levantados, entrando livre pela direita do ataque santista. Imediatamente, o atacante atravessou a bola para o lateral, que chegou cabeceando e abrindo o placar: 1 a 0.
Na comemoração, o popstar do Peixe vibrou fazendo sinal com as mãos de que os adversários "falavam demais". O que se viu na sequência foi um verdadeiro bombardeio do Santos, com Edu Dracena, Neymar e Juan, tentando furar o bloqueio vermelho. Nenhum acertou o alvo.
O Sapão só ameaçou em duas finalizações de fora da área, com Felipe, em boa defesa de Rafael, e Renê Júnior, para fora. Enquanto vibrava com a vitória santista, a torcida na Vila Belmiro festejava cada gol da Ponte Preta contra o Corinthians que era anunciado pelo serviço de som da Vila - a Macaca venceu por 3 a 2 e eliminou o maior rival do Peixe.
Peixe amplia com golaço do camisa 11
O clima do jogo era quente. Logo início do segundo tempo, uma discussão generalizada em campo após lances de efeito de Ganso e Neymar na ponta esquerda do ataque Alvinegro. A dupla bateu-boca com Baraka e Val, mas os outros jogadores do Santos não deixaram a discussão piorar.
Àquela altura, o Mogi mostrava mais eficiência do que na primeira etapa, ameaçando em contra-ataques. No melhor deles, Jeferson Maranhão apareceu bem no ataque, foi lançado, mas desperdiçou boa chance.
Foi então que Neymar resolveu novamente dar a resposta para as provocações dentro de campo. Aos 26, corrrendo da direita para o meio, o craque começou a fazer fila. Passou no meio de dois defensores, driblou o terceiro e finalizou de esquerda cruzado no canto, sem chances para Anderson.
Na comemoração, o camisa 11 repetiu o gesto com as mãos do primeiro gol e disse:
- Fala muito.
Ratinho havia saído no intervalo, mas continuava entalado na garganta do jogador santista.
O gol interrompeu o ímpeto do Mogi. Neymar ainda teve tempo de perder gol incrível, após ótimo passe de Ganso, que seria o centésimo dele pelo Santos. Antes do apito final, a torcida explodiu de alegria com o terceiro gol da Ponte Preta sobre o Corinthians, sacramentando a eliminação do arquirrival.
Festa completa na Vila Belmiro com a vitória do Peixe, classificado para as semifinais, na primeira decisão da maratona de "finais" por Campeonato Paulista e Libertadores.

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