quinta-feira, 26 de abril de 2012

Fluminense e Inter não saem do zero em Porto Alegre


Foto: Photocâmera
PORTO ALEGRE - O jogo prometia pelo encontro de dois grandes clubes brasileiros logo nas oitavas de final da Libertadores. Mas os primeiros 90 minutos entre Internacional e Fluminense, na noite desta quarta-feira, no Beira-Rio, deixaram muito a desejar. Com muita marcação e pouca criatividade, as duas equipes criaram poucas chances de gol e abusaram das faltas duras. A decisão da vaga será no próximo dia 10 de maio, no Engenhão.
O placar poderia ter sido diferente não fosse Diego Cavalieri. O camisa 12 tricolor defendeu uma cobrança de pênalti de Dátolo logo no início do segundo tempo e saiu de campo com seu nome gritado pela torcida tricolor. O goleiro ainda mostrou estar com a sorte em dia ao ver um chute de Jô explodir na trave no último minuto da partida. Com a igualdade no marcador, o vencedor do segundo jogo garante a classificação para as quartas de final. Novo empate em 0 a 0 leva a decisão para os pênaltis. Qualquer empate com gols no Engenhão dá a vaga ao Inter.
Fluminense e Internacional decidem a vaga para as quartas de final no próximo dia 10 de maio, no Engenhão, às 22h (de Brasília). Antes disso, porém, ambas as equipes voltam a campo pelos respectivos campeonatos estaduais. O Colorado enfrenta o Grêmio no próximo domingo, no próprio Beira-Rio, na partida que decide o segundo turno do Gauchão. Já o Tricolor só joga novamente no dia 6 de maio, na primeira partida da decisão do Campeonato Carioca, contra o vencedor da Taça Rio, que será decidida entre Botafogo e Vasco também no domingo.
Muita marcação, pouco futebol
Dono da casa e diante de um Beira-Rio vestido de vermelho, o Internacional tentou fazer valer o mando de campo nos minutos iniciais da partida. Marcando a saída de bola tricolor, o Colorado até ensaiava uma pressão, mas pecava na falta de objetividade. Tanto que as únicas jogadas na direção do goleiro Diego Cavalieria saiam de faltas cobradas em direção à área. Passadas as primeiras dificuldades, o Fluminense conseguiu colocar a bola no chão e impor a maior qualidade técnica de seu meio-campo.
Quando Guiñazu e Sandro Silva não paravam as jogadas com falta, o Fluminense ameaçava. E o time carioca quase abriu o placar em duas boas oportunidades antes dos 20 minutos. Na primeira, Sobis recebeu de Carlinhos dentro da área e chutou fraco para defesa de Muriel. Pouco depois, Thiago Neves arriscou de fora da área e a bola passou perto do travessão. Apesar do domínio da posse de bola, Fred e o próprio Thiago destoavam e não conseguiam dar sequência às jogadas de ataque.
Sentindo falta da criatividade do lesionado D'Alessandro, o Internacional tinha no também argentino Dátolo a sua única fonte de inspiração no meio. Mas era pouco. Com Dagoberto apagado e reclamando de dores musculares, Damião precisava correr por dois O lance de maior perigo do Colorado na etapa inicial saiu dos pés do camisa 9. E resumiu bem a atuação gaúcha nos primeiros 45 minutos. Dois dribles na lateral, cruzamento rasteiro e corte de Gum para escanteio. Nada mais.
Em um primeiro tempo marcado mais pelas divididas ríspidas do que pelo bom futebol, as duas equipes precisaram fazer substituições por causa de lesões. No Flu, Diguinho saiu com suspeita de entorse no tornozelo direito para a entrada de Jean. No Inter, Kléber voltou a sentir a lesão na coxa esquerda e deu lugar a Fabrício.
Cavalieri e trave salvam o Flu
As dores também não permitiram o retorno de Dagoberto e Jajá entou no meio-campo do Internacional, que voltou bem mais ligado para o segundo tempo. Com Jajá se movimentando mais. as chances começaram a aparecer com naturalidade. Logo aos dois minutos, Damião aproveitou rebatida da zaga após cobrança de falta e chutou para boa defesa de Cavalieri. Logo depois, foi a vez de Tinga quase abrir o placar.
Atordoado em campo, o Fluminense não conseguia trocar três passes em sequência diante da pressão colorada. Com Fred estático em campo, a bola não parava no ataque tricolor.
Parecia questão de tempo para o Internacional chegar ao gol. E ele quase saiu aos 12. Após cruzamento da esquerda, Edinho chutou Damião por trás. Pênalti que Dátolo cobrou bem e Diego Cavalieri voou no canto esquerdo para fazer grande defesa. A bola ainda bateu na trave antes de sair pela loinha de fundo. O torcedor colorado parecia ver um filme repetido: o goleiro já havia defendido uma cobrança do time gaúcho no último Campeonato Brasileiro, de D'Alessandro, no Engenhão.
O lance animou o jogo e pareceu acordar o Fluminense. No minuto seguinte, Rafael Sobis quase marcou. O chute saiu forte e rasteiro, mas Muriel defendeu com a ponta dos dedos e ainda desviou dos pés de Thiago Neves, que entrava pelo meio da área para tentar o rebote. Mas foi apenas um lampejo, já que o Internacional seguiu dominando as ações.
O time da casa só não conseguia driblar o nervosismo e Cavalieri pouco era exigido. Com o Flu recuado, Abel apostou nas entradas de Lanzini e Marcos Júnior nas vagas de Thiago Neves e Rafael Sobis. Dorival tentou aumentar seu poder ofensivo colocando Jô no lugar de Dátolo. O jogo, no entanto, seguiu truncado no meio. Chance clara só mesmo no último minuto. Após falta levantada na área, a bola sobrou para Jô. O chute saiu forte e explodiu na trave direita do goleiro tricolor. Não era mesmo dia de ver gol no Beira-Rio.

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