O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, enviou, nesta segunda-feira (5), uma carta ao presidente da Fifa, Joseph Sepp Blatter, solicitando que o secretário-geral da federação, Jérome Valcke, seja substituído do cargo de interlocutor com o governo brasileiro para tratar da organização da Copa do Mundo de 2014.
No documento, Rebelo afirma que o governo brasileiro “não pode mais aceitar” o secretário-geral nas tratativas com a Fifa por causa de suas recentes afirmações.
Na sexta-feira (2), durante entrevista concedida em Londres, Valcke criticou os atrasos nas obras de estádios e infraestrutura, além de alfinetar o Congresso pela demora em aprovar as leis que regularão todos os procedimentos relacionados ao mundial. O dirigente sugeriu que os responsáveis pelo Mundial deveriam levar um "pontapé no traseiro" e começar a trabalhar para recuperar o tempo perdido.
Após criticar duramente o comentário de Valcke, Aldo Rebelo oficializou com a carta à Fifa o pedido de destituição do secretário.
- Recebemos com espanto as inapropriadas declarações do senhor Jérome Valcke nos últimos dias à imprensa internacional. A forma e o conteúdo das declarações escapam aos padrões aceitáveis de convivência harmônica entre um país soberano como o Brasil e uma organização internacional centenária como a Fifa.
O projeto que cria a Lei Geral da Copa deve ser votado na tarde desta terça-feira (6), na comissão especial que trata do assunto na Câmara. O texto base, que havia sido aprovado semana passada, será votado novamente por causa de um erro regimental – os deputados não poderiam ter deliberado após o início da sessão no plenário da casa.
A comissão vai analisar, em seguida, os destaques apresentados pelos parlamentares sugerindo mudanças no texto do relator Vicente Cândido (PT-SP). Entre eles, está o pedido para que a venda de bebidas alcoólicas seja proibida durante a Copa, como já acontece nos jogos regulares no Brasil.
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