Greve coletiva já dura cinco dias. Participantes são os criminosos do Presídio São Luís 1, Presídio São Luís 2 e Centro de Detenção Provisória.
Os cerca de 150 presos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas que mantêm uma greve de fome são todos criminosos pertencentes à facção Bonde dos 40, autora dos três ataques em São Luís, que incendiou vários ônibus, alvejou a balas várias delegacias, e matou um policial militar e uma criança de apenas 6 anos – além de ter queimado outras quatro pessoas e ter atirado em outro PM e uma mulher, no Bairro de Fátima.
Numa greve coletiva que já dura cinco dias, os criminosos do Presídio São Luís 1, Presídio São Luís 2 e Centro de Detenção Provisória (CDP) decidiram deixar de consumir a alimentação oferecida pela Secretaria de Estado da Justiça e Administração Penitenciária, na tentativa de sensibilizar a Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal, que visitou a unidade prisional no início da semana, e chamar a atenção da parte da imprensa que conseguiu ter acesso aos pavilhões após um curioso descuido de um agente penitenciário, que teria esquecido o portão de entrada aberto.
Os criminosos do Bonde dos 40 se recusam a comer qualquer coisa oferecida pelo Governo do Estado como forma de protesto contra a presença da Polícia Militar e da Força Nacional de Segurança nos presídios. Para isso, eles contam com a ajuda da seccional maranhense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que defende a proposta dos presidiários e trabalha pela retirada total das tropas do local.
De acordo com o presidente da OAB/MA, Mario Macieira, os presos teriam denunciado que, desde a entrada dos PMs e da Força Nacional em Pedrinhas, todos teriam passado a sofrer maus-tratos e torturas. Ainda segundo Macieira, os criminosos denunciaram também que estariam sendo alvejados por bala de borracha pela Tropa de Choque.
Sensibilizado e com temor de que a reivindicação dos presidiários seja ignorada, em entrevista à rádio Rádio CBN, na manhã dessa quinta-feira (16), o representante dos advogados maranhenses disse que a instituição vai propor uma Ação Civil Pública para pedir que o Governo do Maranhão indenize as famílias dos detentos mortos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Sobre o envio e exibição de vídeos que violaram os direitos humanos das famílias dos presos e as expôs à vergonha nacional, porém, o presidente da OAB/MA permaneceu omisso.
Também ontem, durante os períodos da tarde e da noite, a facção Bonde dos 40 promoveu tumultos nos três pavilhões que estão em greve de fome. Os bandidos tentavam iniciar nova rebelião, como as ocorridas anteriormente nas unidades. Eles chegaram a cerrar algumas grades e abrir vários cadeados. A ação criminosa, porém, foi rapidamente controlada pelas tropas da Polícia Militar e da Força Nacional.
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