sábado, 26 de maio de 2012

Muito sangue e mistérios no assassinato do motoqueiro Lúcio


O 4ª Distrito Policial instaurou inquérito para apurar o assassinato do técnico em refrigeração Lúcio Silva de Carvalho, encontrado com dois tiros disparados contra sua cabeça dentro de um banheiro da casa onde morava. Lúcio vivia sozinho e era membro de um dos maiores clubes de motoqueiros do país. O único suspeito detido para averiguação é um amigo dele no Motoclube Abutres do Brasil.

Vindo de Goiânia, Lúcio morava há quatro meses na Rua Euclides da Cunha, próximo ao Quartel da Polícia Militar. Foi nessa casa que na noite de quinta-feira ele recebeu a visita do motoqueiro e amigo Hayldon Maia de Brito. O jovem de 24 anos de idade contou que esteve com Lúcio até o final do programa de televisão A Praça é Nossa. “Conversamos, brincamos e lavamos juntos a moto dele. Ele nem quis tomar cerveja porque na manhã desta sexta-feira ia fazer exames laboratoriais”, disse Hayldon, confirmando que também foi o primeiro a chegar à casa na manhã desta sexta-feira para ajudar um colega e vizinho de Lúcio a encontrar o corpo sem vida do trabalhador da Taesa, empresa de energia elétrica instalada em Imperatriz há pouco tempo. 

Outras informações despertaram a atenção dos primeiros policiais que atenderam a ocorrência. Na garagem da casa, o Citroën C4 Pallas preto, um Fiat Uno e duas motos – uma delas, a Harley-Davidson linha 2012 com o distintivo dos Abutres do Brasil. Nenhum dos veículos foi manipulado. No quarto onde Lúcio dormia, a cama parecia remexida e havia sangue cujas manchas alguém teria tentado desfazer, segundo presumiu um PM. O corpo do morador estava num banheiro desativado: Lúcio estava sentado numa cadeira com o corpo e a cabeça declinados para cima da tampa de um balde de veneno. No piso, muito sangue derramado da cabeça onde foram dados dois tiros de pistola 635. Perguntado sobre a possibilidade de suicídio, o mesmo policial respondeu negativamente.

Quando a delegada Virgínia Loiola chegou ao local, Hayldon já havia sido levado em casa, na Vila Lobão. Depois que os policiais relataram para a titular do 4º Distrito Policial sobre a impressão da averiguação e da conversa com Hayldon, Virgínia Loiola determinou a detenção do rapaz para verificação. 

A polícia descarta estar diante de um caso de latrocínio, já que não houve roubo, embora tenha despertado interesse de jornalistas policiais a informação sobre garis da Prefeitura Municipal terem encontrado em trecho urbano da BR-010 uma mochila de Lúcio contendo objetos pessoais do morto, inclusive 4 ou cinco celulares.

As duas motos e os dois carros, a mochila e outros objetos foram apreendidos e levados para perícia.

No final da tarde o suspeito Hayldon Maia de Brito estava sendo preparado para passar por exame residuográfico, procedimento que, dependendo do resultado, auxiliaria ou não na formação de evidências.

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