terça-feira, 18 de dezembro de 2012

ONS admite que País terá de conviver com risco de novos apagões de energia


Presidente da instituição afirma que, se todos os investimentos fossem feitos ao mesmo tempo, tarifa subiria demais.
O presidente do Operador Nacional do Sistema (ONS) Hermes Chipp, admitiu, nesta terça-feira (18), que o País precisa conviver com certo nível de risco na segurança do sistema de transmissão de energia. Segundo ele, apesar das melhorias que tem sido feitas, a demanda por investimento é maior do que a possibilidade de execução rápida desses procedimentos.
O presidente do Operador Nacional do Sistema (ONS) Hermes Chipp,  em audiência no Senado. Foto: José Cruz/Agência Senado
O presidente do Operador Nacional do Sistema (ONS) Hermes Chipp, em audiência no Senado. Foto: José Cruz/Agência Senado
‘É preciso haver um equilíbrio entre a segurança e o custo. As obras não podem ser feitas todas ao mesmo tempo, porque a tarifa da energia iria lá para cima. Por isso temos de correr risco em alguns lugares’, completou Chipp, ao chegar ao Ministério de Minas e Energia para a reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
Segundo Chipp o governo já determinou uma varredura em todo o sistema para identificar os pontos mais críticos e as subestações que ofereçam mais risco de instabilidade na transmissão. De acordo com ele, após esse diagnóstico é possível que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) determine até mesmo a construção de novas subestações pelas companhias.
‘Se por um lado temos usinas com energia muito barata, como Belo Monte e outras que entrarão em operação, por outro esses projetos ficam muito distantes dos grandes centros, exigindo linhas de transmissão muito longas que, consequentemente tem maior risco. Essa situação é bastante diferente do que a que ocorre em outros países’, completou.
De acordo com o presidente da ONS, os investimentos necessários em transmissão não serão comprometidos pela nova realidade do setor, após a renovação das concessões. Todas as transmissoras afetadas aceitaram a proposta do governo e prorrogaram seus contratos por mais 30 anos.

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