Moradores pintam as casas com frases que remetem ao direito à moradia e contestam a condição de invasores da área de prolongamento da Avenida Litorânea.
Casas estão com data marcada para serem desapropriadas |
Temos direito nesta moradia e 30 anos não são 30 dias”, “Moro aqui há 28 anos. Não somos invasores e temos direito a moradia”, “Não somos invasores, somos trabalhadores e temos 30 anos de praia”. O intuito é sensibilizar as autoridades competentes, pois eles alegam não possuem outro lugar para morarem caso saiam de onde construíram uma vida há mais de 30 anos.
Roque Pereira Marques, de 48 anos, mora com a família, com oito pessoas, há 30 anos, no local sob risco de desapropriação. Ele contou que todos estão preocupados e, também, ansiosos, pois tentam reverter o resultado da ação. A mãe de Roque, Dona Alexandrina Pereira, de 77 anos, é uma das mais antigas moradoras da área. São 30 anos onde ela viveu, construiu casa e família, criou os filhos e está criando netos e bisnetos. Dona
Alexandrina diz não entender como a justiça determinou seu despejo.
A moradora Lurdes Maria aderiu ao protesto |
De acordo com a advogada do caso, Flávia de Miranda Carvalho, os moradores estão aguardando o parecer favorável da liminar. “Isso porque há mais de 20 anos ela moram no local”, avaliou a advogada.
Compete à Secretaria Municipal de Urbanismo (Semuhr) a remoção dos moradores com o apoio da Superintendência de Patrimônio da União (SPU).
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