quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Número de internados após incêndio na Boate Kiss aumenta para 143


Número de feridos passou de 121 na terça para os 143 desta quarta. Outras 235 pessoas morreram após incêndio em boate de Santa Maria.
Elaine Marques é mãe de duas vítimas fatais do acidente que matou 235 pessoas na Boate Kiss, em Santa Maria: Gustavo, 25 anos, e Deives, 33 anos. Foto: Fernando Borges / Terra
Elaine Marques é mãe de duas vítimas fatais do acidente que matou 235 pessoas na Boate Kiss, em Santa Maria: Gustavo, 25 anos, e Deives, 33 anos. Foto: Fernando Borges / Terra
O número de feridos na tragédia em Santa Maria que precisaram de internação aumentou nas últimas horas, segundo a Força Nacional do SUS. Na manhã desta quarta-feira (30), 143 pessoas estão internadas em hospitais de Santa Maria e de Porto Alegre. Na terça-feira, o número era de 121 internados. O incêndio que atingiu a boate Kiss na madrugada de domingo (27) matou 235 pessoas.
De acordo com Neio Pereira, diretor técnico do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), o aumento do número de internações se dá principalmente pelos sintomas da pneumonite química, que atingiu os jovens que entraram em contato com a fumaça tóxica do incêndio.
“É algo comum de acontecer alguns dias depois do incêndio. As pessoas começam a sentir falta de ar, dificuldade para respirar. Muitos que chegam em busca de atendimento precisam ficar internados”, disse Pereira , que falou em nome da Força Nacional do SUS.
Pereira e a coordenadora regional de Saúde, Ilse Mello, afirmam que o total de pessoas internadas estado de saúde considerado grave segue em 75. Dos 81 pacientes internados em Santa Maria, 33 estão respirando com a ajuda de ventilação mecânica. Dos 62 internados em Porto Alegre, 57 estão em ventilação mecânica.
O diretor técnico do GHC ainda destacou que algumas pessoas ainda podem apresentar o chamado estresse traumático. Uma equipe de profissionais de saúde do SUS e de voluntários esta sendo destinada apenas para auxiliar nestes casos, prestando apoio psicológico para as vitimas e familiares. “O estresse causado pelo trauma demorar até 72 horas para aparecer. As pessoas começam a entrar em depressão pelo luto, o que é normal”, disse.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ainda está em Santa Maria, onde logo no começo desta quarta teve uma série de reuniões com a coordenação da Forca Nacional do SUS. Ainda nesta quarta, o ministro deve ir a Porto Alegre, onde fará uma visita no hospitais onde estão internadas as vitimas.
A ultima vitima fatal foi registrada na noite de terça-feira (29). O jovem Gustavo Marques Gonçalves, que estava internado no Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, não resistiu aos ferimentos e teve morte e encefálica confirmada.

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