sexta-feira, 1 de março de 2013

Na mira da PF, prefeita Detinha é condenada a devolver R$ 1,2 milhão


Em sua última sessão do mês de fevereiro, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MA) voltou a condenar gestores maranhenses a devolver grandes somas ao erário. Em um dos casos de condenação, a Corte de Contas julgou irregulares as contas da prefeita reeleita da cidade de Centro do Guilherme, Maria Deusdete Lima, condenando-a a devolver R$ 1,2 milhão aos cofres públicos.
Prefeita de Centro do Guilherme, Detinha e o marido ex-prefeito de Maranhãozinho, ambos enrolados com a PF.
Prefeita de Centro do Guilherme, Detinha e o marido ex-prefeito de Maranhãozinho, ambos enrolados com a PF.
Enrolada com o marido até o pescoço com a Polícia Federal, a  prefeita reeleita Maria Deusdete Lima teve julgadas irregulares prestações de contas referentes ao Fundo Municipal de Saúde, Fundeb, Fundo Municipal de Assistência Social e Administração Direta, todas do exercício financeiro do ano de 2009. Além da imposição de débito (R$ 1,2 milhão), ela terá que pagar multas que, juntas, somam um total de R$ 236 mil.
Detinha como é mais conhecida, foi alvo de investigação da PF que deflagrou em dezembro do ano passado, a Operação Copii, com o objetivo de reprimir a prática de extração irregular de madeira em terras indígenas localizadas nos municípios de Maranhãozinho e Centro do Guilherme.
A investigação teve início com em 2011, com o levantamento de informações sobre desmatamento na Reserva Indígena Alto Turiaçu no estado do Maranhão. A quadrilha era formada por madeireiros, índios, policiais militares e políticos da região.
De acordo com as investigações a prefeitura da cidade de Centro do Guilherme cobrava uma taxa para que os caminhões madeireiros entrassem na reserva e retirassem toras para vender em serrarias. A atividade não era autorizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis -IBAMA e pela Fundação Nacional do Índio –FUNAI, uma vez que o dinheiro arrecadado não era repassado aos cofres públicos.
Ao pagar a taxa o caminhoneiro recebia um ticket, que comprovava o pagamento e dava direito de ingressar na reserva. Esse controle de entrada dos caminhões era feito por guardas municipais armados ilegalmente instalados em barreiras no povoado Centro do Elias e na Quadra 80-1, zona rural de Maranhãozinho, sob supervisão de um sub-tenente da Polícia Militar da região.

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