A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras aprovou nesta quarta-feira (17) requerimentos de convocação de Meire Bonfim da Silva Poza, contadora que trabalhou para o doleiro Alberto Youssef.
O colegiado também pedirá à Polícia Federal cópia dos depoimentos prestados por ela sobre o suposto esquema de lavagem de dinheiro em contratos da estatal.
Os requerimentos de convocação foram aprovados ao final da sessão com Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, acusado de atuar juntamente com Yousseff no suposto esquema que teria lavado R$ 10 bilhões. O depoente, porém, se recusou a responder perguntas e usou do seu direito de ficar calado durante toda a reunião.
A data do depoimento de Meire Poza ainda terá que ser marcada pela CPMI, que só deverá voltar a se reunir após as eleições. Outros requerimentos de convocação já foram aprovados pela comissão e ficaram em suspenso, como das filhas e dos genros de Paulo Roberto Costa – acusados de destruir provas a fim de dificultar o trabalho de investigação contra o ex-diretor – e do próprio Youssef.
Meire já depôs ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados como testemunha de um processo que apura denúncias sobre o envolvimento do deputado Federal Luiz Argôlo (SD-BA) com Alberto Youssef, preso em março pela Polícia Federal no âmbito da operação Lava Jato.
Na época, ela afirmou que o doleiro atuava como um “banco” e repassava dinheiro para diversos políticos, entre eles Argôlo. O deputado, por sua vez, disse ao Conselho de Ética que a contadora tentou extorqui-lo em R$ 250 mil depois de a Polícia Federal recolher documentos em seu escritório.
Do G1, Brasília
Nenhum comentário:
Postar um comentário