quinta-feira, 10 de maio de 2012

Familiares e deputados envolvidos em crimes no Maranhão

Deputado Hemetério Weba. Foto: Agência/AL
Deputado Hemetério Weba. Foto: Agência/AL

“Muita gente nesta Casa não aguenta uma investigação”, afirmou para o plenário, na presença de vários colegas, o deputado Hemtério Weba, depois de dizer que em 1999, quando saiu preso e algemado durante a passagem da CPI mista do Congressou Nacional que investigou o narcotráfico e o crime organizado em nosso estado, fora vítima de uma armação arquitetada pelo então secretário de segurança, Raimundo Cutrim, hoje também deputado.

Cutrim estava no plenário e ficou calado. Mas em suas mãos estavam documentos das investigações feitas pela Polícia Federal naquele período. Weba garente que investigações também foram feitas pela Polícia Civil, a mando de Cutrim, para incriminá-lo.

Antes de encerrar o discurso, Hemetério Weba virou-se para deputado Hélio Soares, que presidia ontem a sessão, e fez a seguinte indagação: “o senhor, deputado Hélio, aguenta cinco minutos de investigação?”, insinuando que Soares tenha cometido algum crime.

O blog foi o primeiro a defender a criação de uma CPI para apurar o crime de pistolagem no Maranhão. Também foi o primeiro a informar que os deputados não tinha coragem de enfrentar a pistolagem.

E mais: o primeiro também a informar aos leitores do comprometimento de deputados com a bandidagem. Só na atual legislatura oito dos 42 deputados tem parentes ou estão envolvidos diretamente com o crime da pistolagem. E mais de 15 envolvidos com a agiotagem, irmã da pistolagem.

Daí a razão de apenas 13 dos 42 deputados, incluindo Hemetério Weba, assinarem até agora o pedido de CPi formulado pelo deputado Bira do Pindaré.
A bancada governista aproveitou a ordem do Palácio dos Leões para que a CPI  não seja criada, como desculpa para esconder prováveis envolvimentos de alguns ou de parentes, além de aliados políticos nos crimes de pistolagem.

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