Publicação: 11/03/2013 09:41 Atualização: 11/03/2013 09:47
Antes de atropelar o ciclista, o universitário Alex Siwek, 22, fazia zigue-zague com seu carro entre os cones que delimitam a ciclofaixa de lazer da avenida Paulista.
A informação foi dada à polícia por testemunhas que viram o carro de Siwek momentos antes de ele atropelar David Santos Souza.
Segundo o delegado Luis Francisco Segantin Jr., a apuração mostra que o motorista arrancava o carro depois de parar em semáforos, por vezes já dentro da ciclofaixa.
Um dos advogados do motorista, Pablo Naves Testoni afirmou que seu cliente foi "imprudente", mas que não teve intenção de atingir o jovem ciclista.
De acordo com a apuração policial, depois do atropelamento Siwek deixou em casa um amigo que estava no carro. Só então ele jogou o braço decepado da vítima no rio.
O estudante foi para casa e, cerca de uma hora e meia depois, se apresentou a um posto da Polícia Militar, próximo à sua casa, em um bairro da zona sul.
"Ele chegou transtornado, dizendo: 'Atropelei uma pessoa, me prendam'", afirmou o subtenente Jaime de Souza Melo, policial militar que participou da ocorrência.
Siwek, policiais e bombeiros foram então à avenida Ricardo Jafet, onde o motorista se desfez do braço, para tentar encontrar o membro. Não tiveram sucesso. As buscas seguiram até a noite.
PROTESTOS
O acidente fez com que diversos protestos de ciclistas ocorressem na região da Paulista e na delegacia onde Siwek foi autuado, nos Jardins (zona oeste).
"A Paulista é uma bomba-relógio. É preciso alguma medida lá", afirmou o ciclista Daniel Guth, 29. "Não tem jeito, vamos continuar usando a Paulista, mesmo com os acidentes. Ela liga áreas importantes, é plana. Ideal para os ciclistas", afirmou Guth.
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