A operação policial, batizada de “Operação DPVAT”, que culminou na prisão de três advogados e dois corretores de seguro envolvidos em fraudes no Seguro DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre), em Imperatriz, no dia 26, é resultado de um longo trabalho de investigação desenvolvido pela 3ª Promotoria de Justiça Criminal. Todos os mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva foram expedidos pelo juiz da 4ª Vara Criminal de Imperatriz, Welliton Sousa Carvalho.
Os mandados de busca foram cumpridos nas residências e escritórios dos integrantes da quadrilha, onde foram encontrados laudos falsos e indícios de falsificação.
Desde 2010 o Ministério Público vem recebendo representações criminais protocoladas pela Seguradora Líder dos Consórcios do DPVAT, dando conta da obtenção fraudulenta do seguro junto à justiça das comarcas de Imperatriz e circunvizinhas. No total, até este ano já foram recebidas mais de 300 representações.
Segundo a promotora de justiça Raquel Chaves Duarte Sales, titular da 3ª Promotoria, no transcorrer das investigações ficou constatado que o esquema era articulado da seguinte maneira: os agenciadores captavam vítimas de acidente de trânsito e, de posse da documentação inicial, os encaminhavam a uma clínica particular, onde era confeccionado um laudo particular, posteriormente remetido ao IML. Lá, com a ajuda de uma funcionária, paga para tanto, era expedido um laudo pericial definitivo, com características de oficial. Munidos da documentação de origem ilícita, os agenciadores a entregavam aos advogados do escritório, que se responsabilizavam em protocolizar as ações.
A promotora de justiça revela que as vítimas eram convencidas pela quadrilha com a promessa de que receberiam as indenizações de forma mais rápida. Em contrapartida, em alguns casos, tiveram que pagar até 50% do valor da indenização a que tinham direito.
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