sexta-feira, 30 de agosto de 2013

TELEXFREE E BBOM: PENAS MAIS DURAS PARA OS ORGANIZADORES DE PIRÂMIDES

A força-tarefa do Ministério Público Federal e de promotores estaduais que investiga no momento cerca de 80 denúncias sobre pirâmides financeiras no país — sendo  as empresas Telexfree, BBom e Priples, que tiveram bens bloqueados, os casos  mais conhecidos — quer alterar a legislação para aumentar a pena aplicada  contra quem pratica este crime. Os promotores consideram muito branda a pena  prevista atualmente, de seis meses a dois anos de prisão.

O projeto de lei, que será encaminhado ao Ministério da Justiça semana que  vem, sugere punição de dois a oito anos de prisão. O Ministério da Justiça  também participa das investigações sobre empresas suspeitas de promover  pirâmides financeiras por meio da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon).

Mariane de Melo Guimarães, procuradora federal em Goiás, acredita que a  elevação da pena poderá desencorajar os organizadores das pirâmides.

— Decidimos fazer essa proposta diante do aumento do número de denúncias que  temos recebido sobre casos em todo o país. Há alguns meses, eram 18. Depois, 30.  Agora, estamos investigando quase 80 casos e, em breve, mais três empresas  deverão ter anunciada a sentença de suspensão de atividades. Creio que o governo  também deveria promover campanhas maciças de esclarecimento da população sobre  esse crime.

O Ministério Público não divulga os nomes das empresas até que seja anunciada  a decisão da Justiça.

Atualmente, a manutenção de uma pirâmide financeira é considerada crime  contra a economia popular (Lei 1.521, de 1951) que prevê multa e até dois anos  de detenção. Segundo Mariane Guimarães, porém, muitas vezes essa pena acaba  sendo convertida em prestação de serviços comunitários ou pagamento de cestas  básicas.

O Globo

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