quinta-feira, 22 de março de 2012

Filho de procurador é acusado de roubo e agiotagem


Um negócio mal resolvido levou o empresário Alexandre Luis França a prestar queixa na política contra o ex-amigo Bernardo Carvalho, o Bereco, por roubo qualificado e lesão corporal dolosa. Bereco é filho do ex-procurador-geral de Justiça Raimundo Nonato de Carvalho Filho.
Alexandre, sobrinho do secretário municipal Júlio França (Agricultura) e sócio da Mineradora São Luís, diz ter pedido R$ 10 mil emprestados a Bereco, a quem acusa de agiotagem. Ele alega já ter pago R$ 18 mil e ter oferecido um cheque de R$ 11 mil de um amigo comum, mas mesmo assim o filho do procurador ainda cobra a dívida.
O sobrinho de Júlio França esteve ontem na Secretaria de Segurança denunciando que no domingo (4) teve seu carro tomado de assalto por Bereco com ajuda de capangas, possivelmente policiais. “Eles me cercaram na Lagoa da Jansen, me apontaram uma pistola e levaram meu Golf. Disseram também que se procurasse a polícia ia ser pior.”
De acordo com a versão de Alexandre, Bereco ainda afirmou o seguinte durante a abordagem: “Eu não te disse, vagabundo, que tu me pagavas?!” Depois aplicou-lhe um tapa.
Alexandre disse ter procurado a Secretaria de Segurança porque o ex-amigo não compareceu a uma audiência marcada para ontem na Delegacia do São Francisco.
Outro lado
Bernardo Carvalho deu outra versão para a história. Disse que foi o próprio Alexandre quem oferceu o Golf até que conseguisse pagar a dívida. Ele contou ter emprestado realmente R$ 10 mil ao ex-amigo, que depois lhe pediu mais quatro cheques de R$ 5 mil. Bereco disse que um dos cheques foi sacado e os outros três ele sustou para evitar prejuízos.
O filho do procurador Raimundo Nonato afirmou que Alexandre lhe contou certa vez ter repassado o dinheiro do empréstimo ao tio Júlio França, daí a dificuldade da quitação da dívida. Segundo Bernardo, Alexandre é sócio na Mineradora São Luís do filho do deputado José Vieira (PR), Rodrigo, porque não conseguiu pagar uma dívida com este.
“Não preciso roubar uma pessoa menos abastada que eu. Esse rapaz, infelizmente, foi meu amigo e vive dando golpes na cidade. Com é que eu sou agiota se ele é que está com meus cheques? Onde existe lógica nisso? Ele é que é agiota e vive de trambicagens. Ele é que é bandido. Eu não sou bandido. O causador de toda essa confusão foi o Júlio França que ficou com o dinheiro que eu emprestei ao Alexandre”, declarou.
Bereco disse ainda não ter sido intimado a prestar depoimento na Delegacia do São Francisco. “Ele está querendo envolver meu pai nessa história e ainda usa a polícia para não querer pagar a dívida que tem comigo”, completou.
Júlio França negou qualquer ligação com o caso. Disse que já trabalhou com  mineração, mas deixou a atividade há anos. “Nunca tive negócio com Alexandre, que é meu sobrinho. Vivo correndo para apagar esses incêndios”, explicou.
Já Rogério Vieira disse não ser sócio de Alexandre. “Como trabalho nessa área de construção apenas arrendei a jazida dele. Não tenho nada a ver com essa história e nem me envolvo nessa confusão”, assinalou.
Veja a ocorrência contra Bereco:
(Com informações do blog do Caio Hostilio)

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