Uma informação publicada pelo blog com exclusividade movimenta há duas semanas os bastidores políticos maranhenses. No último dia 9 informava que a presidente Dilma Roussef ligou para a governadora Roseana Sarney no sentido de convidá-la para participar da comitiva presidencial que visitará o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na Casa Brabca (reveja).
Marcos Caldas: oportunidade 'impar' de virar governador
Marcado para o dia 9 de abril, no encontro Dilma vai discutir com o presidente americano uma série de questões econômicas e energéticas além de assuntos sobre a América Latina. Também visitará a Cãmara de Comércio Brasil/Estados Unidos e provavelmente a Universidade Havard.
Desde então blogs, rádios e jornais passaram a noticiar e especular principalmente sobre quem deve substituir Roseana no períodode ausência. Falaram até que ela continuaria governadora mesmo fora do país, o que não é verdade. No momente que Roseana deixar o espaço áereo brasileiro ela não será mais a chefe do Executivo do Maranhão.
A dúvida acontece porque o vice-governador Washington Luiz Oliveira (PT), e os presidentes da Assemnbleia, Arnaldo Melo (PMDB), e do Tribunal de Justiça, Guerreiro Júnior, são ou têm parentes candidatos nas próximas eleições.
Washington é candidato a prefeito da capital, Arnaldo quer eleger a filha prefeita em Colinas, enquanto a mulher do presidente do TJ é candidata em Guimarães. Segundo reza a Constituição, eles não podem assumir o governo nos seis meses que antecedem as eleições sob pena de ficarem ou deixarem os parentes inelegíveis.
Um fato desse aconteceu nas eleições de 2004 quando o então vice-governador Jura Filho (hoje secretário de Turismo) assumiu o governo durante uma viagem de José Reinaldo à China e deixou a mãe, a hoje vice-prefeita Taugi Lago, inelegível na disputa pela Prefeitura de Bacabal.
A dúvida no caso da viagem de Roseana é quem assumiria o comando do estado. A vice-presidente do tribunal, Maria dos Remédios Buna, ou o vice-presidente da Assembleia, Marcos Caldas (PRB)? Os juristas ouvidos pelo blog não sabem ao certo quem deve assumir, o que alimenta os sonhos do deputado e da desembargadora.
Buna tem dito estar “nervosa” com a possibilidade virar governadora. Já Marcos Caldas disse estar preparado para assumir, mesmo que assim deixe o irmão Augusto Caldas (PRTB), pré-candidato a vereador em São Luís, inelegível.
“Seria uma oporunidade ímpar. A cidade de Brejo, que eu represento, nunca teve um governador. Sou deputado, estou na política há anos e se convocado estou aqui para trabalhar”, disse ele alegando que o irmão não ficará chateado caso fique inelgível.
Marcos Caldas disse já ter conversado com juristas, que garantem: no impedimento do vice, do presidente da Assembleia e do Tribunal de Justiça, o próximo na linha sucessória é o vice-presidente do Poder Legislativo, no caso ele. “Os estudiosos garantem que a vaga será minha e não da desembargadora Buna”, assinala Marcos Caldas que não quer mais ser chamado de “Play”.
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