BELO HORIZONTE - À sombra de Ronaldinho Gaúcho, Jô chegou ao Atlético-MG durante o ano de 2012 após passagem apagada pelo Internacional. O jogador foi acusado de exagerar em festas e baladas, mas chegou ao Galo disposto a andar nos trilhos e teve o esforço recompensado em 2013. Vencedor da Copa das Confederações com a Seleção Brasileira há menos de um mês, o centroavante agora é campeão e artilheiro da Copa Libertadores da América.
“Realmente é inexplicável. Só quem passou por tudo o que a gente passou desde o ano passado, eu principalmente, que fui muito criticado, julgado. Então é uma demonstração de volta por cima”, festejou o camisa 7 poucos instantes após o término da disputa de pênaltis contra o Olimpia no lotado Mineirão na noite de quarta-feira.
“Antes diziam: ‘O Jô está acabado, o Ronaldinho Gaúcho está acabado. O time dos renegados. Não estou dizendo que os atletas não cometem erros fora de campo, mas conseguimos dar a volta por cima”, ressaltou Ronaldinho, grande parceiro de Jô no elenco atleticano, que viveu situação semelhante ao deixar o Flamengo no primeiro semestre de 2012.
Para coroar o terceiro título no ano – também faturou o Mineiro – Jô foi o responsável por abrir o placar na finalíssima. O grandalhão mostrou oportunismo ao aproveitar falha da defesa, estilo para girar sobre a marcação e faro de gol para vencer o goleiro Martín Silva. O gol abriu caminho para a vitória por 2 a 0 no tempo normal e garantiu o atacante como maior artilheiro do torneio continental com sete gols.
“A artilharia de uma Libertadores é algo muito grande para um atacante. Dedico e agradeço esse título e o prêmio da artilharia a todo mundo. É um prêmio de coroação por tudo que passei. O atacante tem que acreditar. Acreditei que ele ia falhar e ajudei o Atlético-MG a marcar esse gol inesquecível”, destacou Jô, que anotou três gols na primeira fase, três contra o São Paulo nas oitavas de final e o derradeiro na grande decisão.
Embora não meça palavras para dizer que mereceu a conquista da Libertadores, o centroavante sabe que não atingiu o ápice sozinho e dedicou a taça inédita, a mais importante desde o Campeonato Brasileiro de 1971, à massa atleticana: “Ninguém merece mais do que essa torcida que acreditou até o final. Agora é comemorar. A gente conseguiu entrar na história”.
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