O Tribunal Regional Federal negou ontem recurso do advogado Samir Murad, irmão de Jorge e Ricardo Murad e cunhado da governadora Roseana Sarney. Ele pretendia ter seu nome incluindo na lista sêxtupla da vaga reservada ao quinto da OAB.
Murad teve seu pleito barrado pelo Conselho Federal da entidade local por entender que se configurava em nepotismo e promiscuidade na relação Judiciário/Executivo se fosse, na escolha final, contemplado com a vaga pela cunhada governadora.
Na decisão, a Justiça Federal diz que “a nomeação de Desembargador por sua cunhada Governadora viola os princípios da isonomia, moralidade e impessoalidade. Compromete, também, o sistema de freios e contrapesos (checks and balances), inerente ao princípio da separação de poderes, causando sérias distorções nas relações entre o Legislativo e o Judiciário daquele Estado-membro. Onde deveria haver separação, poderia haver “promiscuidade”; onde deveria haver controle recíproco, poderia haver conivência (sic)”.
A indicação de Samir Murad era uma questão de honra para o secretário de Saúde e irmão, Ricardo Murad. Ele fez inúmeras articulações dentro e fora do Judiciário e não contou com a recusa e contra articulação do presidente da OAB seccional do Maranhão, Mário Macieira, também parente da governadora Roseana Sarney.
De 2011 até o presente momento, Ricardo Murad tem sofridos amargas derrotas consecutivas. A primeira o fez renunciar a disputa pela Presidência da Assembleia Legislativa para o atual presidente Arnaldo Melo.
Na segunda, o seu candidato à presidência da Famem, Zé Mário, também retirou a candidatura para não ser derrotado pelo ex-prefeito de Itapecuru, Júnior Marreca.
Mas de toda forma Ricardo Murad não pode reclamar da sorte. Comanda a pasta da Saúde desde 2009 que tem o maior volume de recursos do Orçamento do Estado.
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