Arte/Maurício Araya/Imirante
Cidade de Dom Pedro no Maranhão
SÃO LUÍS - A população está assustada e mantém o silêncio no que diz respeito os dois assassinatos, no mês de julho, de políticos no município de Dom Pedro (distante aproximadamente 260 Km da capital). Foram assassinados em via pública, o ex-vereador do município Diogo Gomes de Freitas, de 54 anos, no último dia 12. Nesta quinta-feira (25), a vítima foi o ex-deputado estadual Edilson Peixoto da Silva, que faria aniversário nesta sexta-feira (26). Ele estaria comemorando 57 anos.
O ex-parlamentar foi morto com três tiros disparados por duas pessoas que estavam em uma motocicleta. As investigações sobre o caso já começaram, e a polícia acredita que o crime tenha sido encomendado. Familiares do ex-deputado estadual Edilson Peixoto da Silva, assassinado a tiros em Dom Pedro, foram convocados para depor nesta sexta-feira (26). A polícia quer saber se Peixoto recebia alguma ameaça. O corpo do ex-deputado foi velado na casa do filho Faris Miguel Lopes da Silva, do (PCdoB), que é vereador na cidade. O parlamentar diz que o pai não tem inimigos e nega que ele estaria recebendo ameaças de morte. Ele acredita na investigação da polícia, na elucidação do caso e que seja feita Justiça.
Devido a repercussão e a insegurança, em Dom Pedro, um grupo da Polícia Militar foi acionado para proteger os moradores do município e prender os autores das duas execuções.
Execução
O assassinato de Peixoto aconteceu por volta das 7h50 na Rua Manoel de Oliveira Gomes, próximo ao Farol da Educação. De acordo com o delegado Otávio Chaves, que acompanha o caso, o ex-deputado estava na companhia da mulher dirigindo o seu veículo quando foi abordado pelos criminosos. Um dos atiradores utilizou uma pistola nove milímetros (de uso restrito das forças armadas) para disparar oito tiros na vítima, que morreu no local. Após o crime, os responsáveis pelo delito fugiram pela BR-135.
A mulher que estava com Edilson Peixoto no veículo não foi atingida pelos disparos. No entanto, ficou muito abalada por ter presenciado a morte do marido. A execução do ex-deputado também chocou a população da cidade.
Edilson Peixoto da Silva era conhecido na Região dos Cocais como Peixotinho. Ele elegeu-se suplente de deputado estadual no fim da década de 1990, e chegou a assumir o cargo. Nas últimas eleições, foi candidato a Vereador nos municípios de Santo Antônio dos Lopes pelo PMDB, Fortuna e Joselândia
Investigações
Investigações
São várias as linhas de investigação que a polícia está adotando para elucidar o caso. A mais forte é a de que o crime tenha sido encomendado, segundo o delegado Otávio Chaves. Há aproximadamente cinco anos, a vítima teria sido responsável por uma tentativa de homicídio contra o então vereador do município Alexandre Costa.
Por causa do crime, que teria como motivação questões políticas, Edilson Peixoto chegou a ser preso por alguns dias e depois foi posto em liberdade.
- Essa possibilidade de crime de encomenda não está descartada. É uma hipótese que estamos investigando”, disse o delegado. Ele afirmou também que a execução de Edilson Peixoto também pode estar ligada ao homicídio do ex-vereador do município Diogo Gomes de Freitas, de 54 anos, assassinado no dia 12 deste mês. A polícia ainda trabalha para elucidar este crime, praticado com característica de encomenda.
Outro Crime
Diogo Gomes de Freitas era empresário e foi morto quando se aproximava de um estabelecimento comercial localizado na Avenida Gonçalves Dias, no centro da cidade de Dom Pedro. Duas pessoas encapuzadas, em uma motocicleta, se aproximaram dele e a que estava na garupa, disparou três tiros na sua cabeça com uma arma calibre 380. O ex-vereador morreu no local.
Um detalhe desse homicídio chamou a atenção: quando o corpo encontrava-se no chão, um dos criminosos cortou um pedaço da orelha da vítima e o levou. Após o crime, os executores fugiram e tomaram um rumo desconhecido. Na ocasião, a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) abriu um inquérito para apurar o caso. No entanto, até o momento ninguém foi preso.
O assassinato chocou a população do município, uma vez que Diogo Gomes era bem relacionado na região. A polícia ainda não tem informações dos autores do homic[idio e trabalha com várias linhas de investigações. A mais forte é que o crime tenha sido por encomenda por causa das características do homicídio e também porque nenhum objeto foi levado. No ano passado, Diogo Gomes de Freitas teve um irmão – identificado apenas como Leudo – assassinado no município de Presidente Dutra, e os responsáveis pelo delito não foram encontrados. A polícia está investigando se os crimes têm alguma relação entre si.
Nenhum comentário:
Postar um comentário