O delegado titular do município de Timbiras, Alcides Nunes Neto, confirmou às 13h19, ao blog Acélio Trindade, a prisão do médico ortopedista Guillermo Quiroga Cuéllar, indiciado em inquérito policial, sob acusação de ter forçado a auxiliar de Administração, lotada no Hospital Geral de Timbiras, Rejane da Silva Rodrigues, de 29 anos, a praticar um aborto na noite do dia 4, perpetuando-se a tentativa até o fim da madrugada do dia 5 de novembro.
De acordo Dr. Alcides, o médico ficará preso por 5 dias para ser ouvido e investigado, mas é possível que a prisão temporária seja transformada numa preventiva, cujo prazo pode ser indeterminado.
“É uma prisão temporária, a princípio 5 dias. A gente vai ouvi-lo aqui, vamos confrontar com as provas, evidentemente, aí se for o caso a gente vai representar pela preventiva”, esclareceu o delegado
PROVAS DOCUMENTADAS
O delegado vai começar a ouvi-lo hoje por volta das 17h. Não o fez até agora porque Quiroga pediu para ser interrogado na presença de seu advogado que está vindo de Teresina-PI.
“A gente documentou tudo e representou, tanto que o juiz reconheceu a prisão, foi decretada pelo juiz. A gente vai ouvi-lo aqui encaminhar a documentação todo pro juiz. Eu acho pouco provável que ele consiga explicar o que foi documentado aqui contra ele“, ponderou a competente autoridade policial
O CASO
Rejane Silva Rodrigues, que disse ter um relacionamento extraconjugal com o ortopedista boliviano há 1 ano e meio, fez graves acusações ao médico. Disse em depoimento à polícia e à imprensa que estava grávida de dois meses e o nascimento da criança não era aceito pelo amante.
Dia 4 teria sido levada, à noite, à um motel de Timbiras e depois à um de Codó onde foi forçada a tomar medicação abortiva sob ameaça de morte. Em entrevista à imprensa revelou que Quiroga teve a ajuda de um outro homem, a quem identificou apenas como ‘NEGÃO’, este seria o responsável pela ameaça armada.
“Eu não vou tomar remédio – Rejane tu vai tomar, tu vai tomar é agora porque eu quero, se não foi por bem, pois agora tu vai por mal. Eu comecei a gritar, bater a porta, ele puxou, tampou minha boca e chamou o Negão – Negão vem cá, o homem já saiu com a arma apontando pra mim…SAIU DE ONDE? De dentro do quarto do banheiro do hotel”, respondeu em entrevista
No motel de Codó, Rejane disse que recebeu a dose final para abortar.
“E lá ele introduziu o remédio e disse que só ia sair de lá quando eu sangrasse (…) todo tempo sob ameaça e disse se eu não tivesse sangrado eu ia ficar todo tempo lá até eu sangrar…POR QUE ATÉ SANGRAR, SANGRAR ERA UM SINAL DE QUÊ? De que eu já estava perdendo (o feto)”, respondeu
Como relatou o delegado ao blog, a situação do médico é delicada e muito difícil de contrapor. A história de Rejane até agora tem batido com as provas levantadas pela Polícia Civil que deu imediata resposta à sociedade neste caso que mexeu com Timbiras e Codó, na região dos Cocais.
Fonte: Blog do Acélio Trindade
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