quinta-feira, 13 de novembro de 2014

fraude pode anular provas do Enem

Estudante Jomásio Barros denunciou o vazamento  do Enem na PF (Foto: Gilcilene Araújo/G1)
Estudante Jomásio Barros denunciou o vazamento
do Enem na PF (Foto: Gilcilene Araújo/G1)
A Polícia Federal começou desde ontem a investigar denúncias de fraude nas provas do Enem, realizadas sábado e domingo, em todo o Brasil. As primeiras informações sobre vazamento foram confirmadas como falsas, mas as segundas caminham para a anulação das provas.
A denúncia sobre a prova de domingo  partiu do estudante Josimásio Barros Filho, da cidade do Piauí, que recebeu pela celular a prova de português com a redação sobre Publicidade Infantil. A prova chegou ao seu celular por volta das 10h50, portanto bem antes do início às 13h pelo horário de Brasília.
Ele fez a prova de domingo e só ontem se encaminhou para a sede da Polícia Federal e mostrou seu aparelho celular com o horário do recebimento das cópías. Os policiais ficaram estarrecidos,
No dia seguinte foi a vez da estudante Larissa Almeida, de Campo Grande, levar para a Polícia Federal o seu celular e lá estava enviado a prova por volta das 10h54 de domingo, dia nove deste mês. O material é idêntico ao recebido por Josimásio Barros e com todo os quesitos que caíram na prova.
Outro estudante, Carlos Eduardo Oliveira também recebeu o mesmo material, que comprova o vazamento.  O ministro da Educação, Henrique Paim, disse estar seguro. A PF recebeu todo o material dos aparelhos dos estudante e ontem mesmo iniciou a perícia.
A principio o que os policiais coletaram mostram o tema da redação que foi aplicado no domingo. Mais o que despertou a atenção foi o fato de nos celulares constarem os horários antes da realização da prova do Enem.
No Piauí surgiram mais dois outros estudantes que receberam as provas e todas pelo aplicativo WhatsApp. “Resolvi procurar a Polícia porque as pessoas tem me xingado bastante depois que eu fiz o vídeo denunciando o vazamento. Para mim, o Enem perdeu a credibilidade”, disse  ao G1 Josimásio Barros.
Ele informou ao G1 que não deu importância quando recebeu o zap porque dias antes vazaram informações falsas e que só ontem decidiu procurar a Polícia Federal, onde já foi ouvido por mais de 1h.
“Quando recebi o caderno de questões e vi que era o mesmo tema mostrado na imagem, fiquei com ódio. Tanto que mal fiz a prova, esperei o tempo mínimo e fui para casa”, contou ao G1.
Até que a Polícia Federal não dê o seu parecer conclusivo sobre o episódio, a fraude aconteceu e as provas devem ser anuladas.

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