A fraude em processos seletivos de instituições de ensino superior do Maranhão para cursos de Medicina foi confirmada na última terça-feira (29) pela Superintendência Regional do Maranhão da Polícia Federal. Os seletivos em questão foram aplicados entre os anos de 2010 e 2014. De acordo com a Polícia Federal,um dos autores da ilegalidade já foi identificado, e seu nome e origem deverão ser revelados em breve.
As pessoas que compravam vagas nos cursos também já foram identificadas. Segundo a PF, era cobrada uma quantia de até R$ 100 mil por candidato. Pela participação no golpe, cada beneficiado deverá responder por formação de quadrilha e falsidade ideológica.
Juntamente com o Ministério Público Estadual do Piauí, a PF no Maranhão apura novas informações sobre o caso, uma vez que estão sendo investigadas ilegalidades semelhantes na Universidade Federal do Piauí (UFPI) e em uma faculdade particular. A existência da fraude também é apurada em outros cinco Estados do país.
Investigações revelaram como funcionava o esquema de fraude. Primeiramente, um golpista portando documentos falsos se passava pelo candidato que pretendia comprar a vaga. Uma segunda pessoa, também contratada para participar da fraude e com alto nível de conhecimento, se submetia à prova no lugar do candidato verdadeiro. Na etapa seguinte do golpe, os fraudadores faziam uso de pontos de voz instalados nas carteiras das salas onde eram aplicadas as provas para que o suposto candidato recebesse as respostas do gabarito.
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