A Organização Europeia para a Segurança da Navegação Aérea (Eurocontrol), que controla o espaço aéreo do continente, decidiu fechar o espaço aéreo do Leste da Ucrânia. Um avião da Malaysia Airlines caiu hoje no país, próximo à fronteira com a Rússia e há suspeitas de que a aeronave tenha sido abatida.
O espaço aéreo na região ficará fechado, “até novas informações”, de acordo com o órgão de segurança de voo da Europa. Companhias aéreas da Europa já anunciaram mudança de rota de seus voos para não sobrevoar a região onde o Boeing 777 da Malaysia Airlines caiu.
O voo MH17 partiu de Amsterdã, na Holanda, com destino a Kuala Lumpur, na Malásia. A aeronave caiu nas proximidades da fronteira russa. O avião perdeu a comunicação com terra na região oriental de Donetsk, perto da cidade de Shaktarsk, palco de combates entre forças governamentais ucranianas e rebeldes federalistas pró-russos.
Separatistas pró-Rússia disseram que estão dispostos a adotar um cessar-fogo de três dias, no Leste da Ucrânia, para permitir o trabalho das equipes de resgate no local da queda do voo MH17.
O chefe de situações de emergência ucraniano disse que as buscas no local do acidente estão sendo prejudicadas por “terroristas armados”.
Os parentes dos passageiros e da tripulação que estava a bordo do voo estão no Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur, em Sepang, na Malasia, onde o voo chegaria. O aeroporto é o principal centro de conexão da Malaysia Airlines. A companhia informa apenas no voo estavam 280 passageiros e 15 tripulantes.
A causa da queda ainda é desconhecida. Mais cedo, os Estados Unidos ofereceram ajuda para esclarecer o acidente. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil, o Itamaraty, ainda não se manifestou.
O chefe de Segurança da Ucrânia, Valentyn Nalivaychenko, acusou dois militares do serviço de inteligência russo de evolvimento com a queda do voo. Nalivaychenko disse que eles devem ser punidos pelo “crime”. O chefe de Segurança ucraniano disse que a acusação é baseada em interceptações de ligações telefônicas entre os dois militares russos.
O ministro das Relações Exteriores alemão, Frank-Walter Steinmeier, convocou uma investigação independente.
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