sábado, 25 de fevereiro de 2012

Liga americana quer tirar Iziane das Olimpíadas


São Paulo – A ala Iziane, 29, sofre pressão das equipes da WNBA para abrir mão de jogar a Olimpíada de Londres-2012. É o que diz seu empresário. A atleta, que defende o Maranhão Basquete na LBF (Nacional feminino), tem proposta de três equipes da liga profissional dos EUA deste ano.
Oferta de R$ 173 mil faz Iziane balançar entre seleção brasileira e liga americana
E negocia um contrato de três anos com o Seattle Storm para receber o teto salarial da WNBA: US$ 101 mil (aproximadamente R$ 174 mil).
Iziane ainda não decidiu se representará o Brasil nos Jogos, a partir de 27 de julho. “As equipes com que conversamos na WNBA querem que Iziane se dedique exclusivamente ao time e deixe de disputar a Olimpíada, mesmo que o calendário esteja paralisado”, disse Fábio Jardine, empresário da atleta.
A liga começa em 18 de maio e termina em setembro. Em 14 de julho – a 13 dias da Olimpíada – a temporada regular será interrompida e volta em 15 de agosto. As jogadoras dos EUA que vão defender sua seleção são liberadas pelos clubes.
A Confederação Brasileira de Basquete quer ter Iziane desde o primeiro dia de treinos. A seleção se apresentará em maio. A convocação deve ser anunciada em abril.
Luiz Cláudio Tarallo, técnico do Brasil, tem restrições à chegada atrasada. “Tem que ver se seriam 13 dias depois do último jogo lá na WNBA, ou contando as viagens, se ela viria sem contusão. Não dá para saber agora.”
Em entrevista à Folha, nesta semana, Iziane disse que levaria em consideração o aspecto financeiro antes de decidir sobre a Olimpíada. “Só o prestígio não paga minhas contas”, afirmou, sobre disputar a primeira Olimpíada da carreira.
“Iziane não tem a vida feita. Ela não quer ganhar um salário bom só para deixar o dinheiro parado do banco, precisa sustentar a família”, afirmou Jardine.
Se optar pela seleção, Iziane receberá diária que não costuma passar dos US$ 150 (R$ 255). A confederação, porém, não divulga os valores. O montante pago pela confederação brasileira, ao final de três meses com a seleção, não cobriria o que Iziane receberia na WNBA.
Para resolver o problema, Hortência, diretora da confederação brasileira, criou um ranking de diárias, dividido em três grupos: novatas, intermediárias e campeãs. Iziane se encaixa no terceiro (e mais valorizado). “Não quero que as jogadoras percam também”, disse a dirigente.

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